Não se bastando com a defesa de Ricardo Sayeg, o “empresário de jogos” (adjetivo arrumado pela imprensa para o bicheiro eletrônico) Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, contratou o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos (MTB) para tentar-lhe conseguir um habeas corpus.
Segundo os cafés frequentados por bancas famosas, Bastos cobrou de R$ 10 a R$ 18 milhões do empresário de jogos.
> TRF negou habeas corpus impetrado por MTB
Dizem que MTB não entrou na causa pelos meros milhões: o comentário de que Cachoeira estaria negociando delação premiada fez chegar apelos de todas as bandas da República para que ele se esmerasse em colocar Carlinhos em liberdade.
Todavia, mesmo com a lavra de MTB, o Tribunal Regional Federal negou na segunda-feira (26) o habeas corpus. Não se animem: MTB não desiste e acaba conseguindo.
> Relatório da PF cita parlamentares de vários partidos
Embora o relatório da PF cite parlamentares de várias siglas, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi o escolhido pela imprensa como o “amigo” de Cachoeira.
Antes de chegar ao Senado Torres pertenceu ao Ministério Público, foi Procurador-Geral do Estado e secretário de Segurança Pública de Goiás. No Senado sempre adotou posições duras contra irregularidades na política nacional.
> Interceptações da PF quebraram códigos de celular criptografado, presente de Cachoeira ao senador Torres
A PF interceptou várias gravações telefônicas entre o senador Torres e Cachoeira, inclusive de aparelhos celulares criptografados, habilitados em Miami, nos EUA (achar que a PF não tem tecnologia para decifrar criptografias celulares é inocência tecnológica).
A imprensa não poupou o senador durante a semana: a “Carta Capital”, “O Globo”, o “Estado”, a “Folha” e “Época” revelaram que o relatório da PF acusa Torres de ter recebido recursos do esquema de jogos ilegais e de ter pedido dinheiro ao contraventor.
A “Veja” postou matéria sobre o assunto em seu site, mas subtraiu o tema da versão impressa: comenta-se que a revista prepara matéria mais ampla sobre o relatório, no qual, por suposto, estariam citados o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o deputado Rubens Otoni (PT-GO), além de outros parlamentares federais e estaduais de diversas siglas partidárias.
> Chefe da sucursal da “Veja” em Brasília teria trocado mais de 200 telefonemas com Cachoeira
Mas a teia não para nos políticos: setores da imprensa comentam que o relatório da PF revela que Carlinhos Cachoeira travou mais de 200 ligações com o chefe da sucursal da Veja em Brasília, o jornalista Policarpo Júnior.
Isto, por si só, não significa que a delinquência tenha entrado na revista, pois jornalistas podem ter “empresários de jogos” como fontes, mas isto não exime a “Veja” de dar boas, e convincentes, explicações ao distinto público.
O "PALADINO DA JUSTIÇA" que costuma velar críticas pesadas aos adversários, parece que engoliu um pequi dos grandes, com casca e tudo.
ResponderExcluirO novo Paladino, que nos representa no Senado, pertence ao Conselho de Ética da casa.Vai ser interessante ver ex-bicheiro julgar o senador envolvido com contraventor de jogos eletrônicos.
ResponderExcluirNo minimo o novo Paladino paraense, vai julgar-se impedido de julgar, pelo fato de no passado, ter também sido contraventor, na qualidade de bicheiro, ou então haverá corporativismo.
ExcluirCrime Organizado na cascata da Cachoeira:Cachoeira. o chefão do Crime Organizado,o senador Demóstene Torres, uma espécie de office-boy, a revista Veja, porta-voz do grupo, e nosso Paladino, vai deliberar no Conselho de Ética do Senado.
ExcluirO jornal The News of the World, que veiculava o material obtido na maior parte das vezes por aqueles métodos, teve de ser fechado por Murdoch, depois de mais de cem anos de publicação, por força dos protestos dos leitores e do público em geral. Eles se sentiram ultrajados com o, digamos, jeitinho que a redação agia para obter seus furos. Os patrões Ruppert e seu filho James precisaram dar explicações formais ao Parlamento Britânico sobre as práticas obscuras. Ali, foram humilhados até mesmo por um banho de espuma a contragosto
ResponderExcluirPostado pelo jornalista Lauro Jardim em sua coluna na Veja on line:
ResponderExcluir"Começou um movimento entre deputados estaduais do Rio de Janeiro para conseguir abrir na marra uma CPI contra Orlando Diniz, ex-presidente do Sesc-RJ, acusado de mau uso de cerca de 20 milhões de reais.
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Paulo Melo (PMDB), se recusa a autorizar a CPI mesmo com as 32 assinaturas de parlamentares – número mais do que suficiente para a abertura da comissão.
O caso vai parar no Tribunal de Justiça do Rio "
Sobre o assunto comentamos, que aquí no Pará, ex-dirigentes do Sesc, foram condenados por contas irregulares, pelo Tribunal de Contas da União.
A Globo ainda tentou fazer o seu habitual papelão de pautar os outros meios de comunicação com aquela história de corruptos pé de chinelo atuando num hospital público do Rio de Janeiro. Foi atropelada pelo caso do senador hipócrita do DEMo de Goiás. É que o tempo do monopólio da informação pelos grandes meios de comunicação se foi com a massificação da internet.
ResponderExcluirUm recado aos políticos 'espertalhões', que se acham intocáveis e acham que nós samo otário: nós tá só na bicora de ocês! Se tropeçar, nós empurra pra sepultura.
Mano
ExcluirSe aquilo de milhões foi corrupção de pé de chinelo imagino que corrupção na turma de ALTO COTURNO você deve achar falcatrua meia boca!
Agora corrupção pé de chinelo é fiscal da PMB com o pé machucado receber um cigarro de propina para aliviar dono de banca em parada de ônibus!
Aquilo é o que pode ser chamado de corrupção aditivada, afinal teria aditivos!
Se cada vez que houvesse mil atos de corrupção no Brasil alguém togado tivesse uma unha do pé encravada até quem se inscrevesse para um concurso no judiciário já era pé de chinelo!
MCB