Em 14.02.2012, o “L' Osservatore Romano”, jornal oficioso do Vaticano, trouxe um enigma ao versar sobre Sua Santidade: "Em matéria de inovação e purificação, justiça será feita ao pontificado de Bento XVI, este pastor indulgente que não conspira no meio dos lobos".
Três dias depois o jornal italiano “Il Fatto Quotidiano” amanheceu com a manchete: "Dentro dos próximos 12 meses o papa vai morrer".
A imprensa mundial deve ter achado que a manchete estava mais para Dan Brown, que atazana a Santa Sé com os seus romances conspiratórios, e não repercutiu as tintas.
> Complô para assassinar papa
Na sua coluna dominical no “Le Monde”, repercutida no “Estado de S. Paulo” em 19.02, Gilles Lapouge revela que o suposto complô para assassinar Bento XVI teria sido descoberto pelo cardeal Paolo Romeo, arcebispo de Palermo, “que ouviu rumores neste sentido quando fez uma viagem recente à China.”.
Lapouge relata que outro príncipe da Igreja, o cardeal Dario Hoyos, teria entregue ao Vaticano um documento “relatando esses projetos de assassinato, mas não os levam a sério.”.
> São Malaquias e Nostradamus
Consultei os oráculos: nem São Malaquias, idem Nostradamus, profetizaram que Bento XVI (pela inteligência dos dois o penúltimo papa) seria assassinado.
> Sucessão de Bento XVI deflagrada?
Sem algo mais sólido para dedilhar, deixo-me concluir que tanto o “L' Osservatore Romano” quanto o “Il Fatto Quotidiano” mostram as reticências dos milenares corredores da Cúria preparando a sucessão do papa, que assassinado ou de morte natural não tardará no trono de Pedro, devido a sua avançada idade e frágil saúde.
Ou vocês acham que a sucessão papal e a própria política vaticana difere alguma coisa nas perfídias, articulações e complôs, do que se faz, adrede, nas repúblicas mundanas?
Na verdade, muito do que se pratica aqui fora foi aprendido e depreendido por príncipes que costumavam se amesendar com papas para manter os seus respectivos domínios, ou até para amplia-los.
Mas, isto é outra história que depois eu conto.
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