Pular para o conteúdo principal

Adernando

Shot001

Com a queda de braço entre o Poder Judiciário e o CNJ, o traço de Loredano compara aquele com o fatídico “Costa Concordia”.

A diferença que vejo, in casu, é que no Poder Judiciário os capitães nem pensam em abandonar o navio e continuam recebendo os seus “supersalários”, todos devidamente respaldados em lei.

Relata o “Estadão”, que no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), magistrados “chegam a ganhar mensalmente de R$ 40 mil a R$ 150 mil e alguns desembargadores receberam, ao longo de apenas um ano, R$ 400 mil, cada.”.

Prossegue a matéria que, em dezembro de 2010, o TJRJ pagou a um magistrado R$ 462 mil, “além do salário”. Outro recebeu R$ 349 mil e “o mais abastado dos desembargadores recebeu R$ 511.739,23.”. Convenhamos: é um ótimo natal.

Tem mais: em dezembro de 2010, 72 desembargadores receberam mais de R$ 100 mil, cada um.

Já em novembro de 2011, “107 dos 178 desembargadores receberam valores que superam com folga a casa dos R$ 50 mil. Desses, quatro ganharam mais de R$ 100 mil cada – um recebeu R$ 152.972,29.”.

Vocês acham que acabou? Não: “em setembro de 2011, 120 desembargadores receberam mais de R$ 40 mil e 23 foram contemplados com mais de R$ 50 mil. Um deles ganhou R$ 642.962,66; outro recebeu R$ 81.796,65. Há ainda dezenas de contracheques superiores a R$ 80 mil e casos em que os valores superam R$ 100 mil.”.

Como justificou o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, todos os valores pagos estão absolutamente respaldados em lei.

Não é preciso, então, mudar os desembargadores e nem fechar os tribunais: basta mudar a lei, ora pois.

Mas, voltando ao “Costa Concordia”, um pertinente comentário de um leitor do “Estadão”, à notícia de que o capitão Schettino jantava com uma loira na hora que a rocha rasgou o casco do navio:

Shot008

Recortes de “O Estado de S. Paulo”.

Comentários

  1. Eo pior, esta gente só vive de férias e de recesso! É um atraso para todos nos brasileiros.

    ResponderExcluir
  2. Não é a primeira vez que um Comandante jantando ou almoçando, com alguem, deixa o barco e/ou o avião a deriva, já vi esse filme.

    ResponderExcluir
  3. Jantar com a Loira em alto mar, como diz a propaganda, não tem preço , já abandonar o návio, vai ter preço e que preço....

    ResponderExcluir
  4. Sim, mas não são os atrasados e verbas indenizatórias criadas por lei?
    Cade a ilegalidade?

    Fala com o Legislativo que aprovou.

    Senão, faz concurso e vira Juiz no Rio.

    Simples.

    Eu aprendi que quando um olha de mais pro salário do outro e vê um monte problema é inveja e preguiça ao mesmo tempo de não lutar pelo seu. Quem acha salario de juiz alto, larga tudo vai estudar 10 anos, passa, e depois vai trabalhar 12 horas por dia, pegando só que há de pior na sociedade (decidir conflito e tudo que há de ruim mesmo) e depois vai ganhar esse salário.. simples...

    A maioria acha ruim porque sabe que não tem competência pra fazer o mesmo.

    Concurso Público, o povo acha que o salário é alto, mas são profissionais mais capacitados que a média da iniciativa privada, mas se tivessem na iniciativa, ganhariam 10 vezes mais que estes altos salários.

    Quem trabalha com isso sabe como é...

    Estudo é o único caminho honesto pra atingir alto salário tanto na iniciativa privada quanto no concurso público, quem se atreve????

    ResponderExcluir
  5. Se são eles que dizem o que é legal ou não, o que se pode esperar?

    ResponderExcluir
  6. chamen o Ofinzinho o aspone da moralidade

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.

Campanha para nomeação de Defensores Públicos aprovados em concurso

Os aprovados no concurso da Defensoria Pública do Pará, em 2009, labutam pela nomeação e, às vésperas da expiração do prazo do concurso, 23.07.2011, iniciam uma campanha para não terem as suas expectativas frustradas. No concurso de 2009 foram aprovados 148 candidatos, dos quais 56 foram nomeados e 92 aguardam nomeação. Por emenda da deputada Simone Morgado, o Orçamento do Estado, para 2011, prevê dotação para a contratação de 45 Defensores Públicos. A Defensoria Pública do Pará está recebendo, desde janeiro deste ano, os repasses financeiros já acrescido o valor da emenda citada, mas, até o momento não notificou os aprovados para nomeação, assim como não dá explicação alguma da não providência. Dos 144 municípios do Pará, 83 não possuem Defensores Públicos. Das 117 comarcas instaladas no Pará, em apenas 65 há Defensores Públicos lotados. O Grupo de Concursados requer a nomeação dos 45 Defensores Públicos para os quais o órgão possui dotação orçamentária e recursos financeiros para c...