Pular para o conteúdo principal

A Ungida

shot003A “The New Yorker”, revista que leem os nova-iorquinos ricos e famosos, brinda a presidente Dilma Rousseff com um artigo sobre o seu governo, trazendo uma despojada ilustração de sua excelência na matéria.

Nicholas Lemann, autor da reportagem “The Anointed” (A Ungida) desfila pela vida da presidente desde a sua oposição ao regime militar.

Nos dias atuais Lemann passeia pelos recentes escândalos que apearam seis ministros da Esplanada, deixando no ar o protagonismo da presidente nos episódios: “Ninguém acredita que Dilma é corrupta, mas, ela trabalhou por anos com algumas das pessoas que foram demitidas (por corrupção)”, declara.

A reportagem observa que “o Poder Executivo, no Brasil, detém mais poderes, é mais concentrador que nos EUA e é muito mais corrupto”, emendando que o Brasil é “caoticamente democrático, mas, tem uma imprensa livre.”.

Lemann tem razão na análise: o Capitólio não concede ao presidente 1% de margem de manobra no orçamento e, se Mr. President quiser mudar de lugar a dotação orçamentária do cafezinho da Casa Branca, tem que pedir autorização ao Congresso.

O Estado norte-americano é mínimo, por isto a corrupção é menor. Há estudos de gestão (os melhores são feitos na Alemanha) que conseguem desenvolver fórmulas de equilíbrio entre o tamanho do Estado (não me refiro a tamanho territorial) e o percentual de corrupção que ele embarca.

Voltando a matéria, Lemann faz ótimas referências à gestão da economia brasileira. Afirma que 28 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza nos últimos 10 anos, que o país tem orçamento equilibrado, dívida e inflação baixas e atinge quase o pleno emprego.

Ao fim, Lemann descamba para os aspectos negativos do Brasil: “a criminalidade é alta, as escolas são fracas e as estradas são ruins.”.

O pessoal que rotula a imprensa, ao ler a matéria de Lemann, vai ficar na dúvida para saber se a “The New Yorker” é do tal “PIG”, ou é o que o Zé Dirceu procura: uma revista de esquerda que fale bem do governo.

Asseguro-lhes que a revista não se faz à Leste e nem a Oeste: à guisa de ser independente, ela navega por todos os pontos cardeais da rosa dos ventos, para agradar tanto os gregos quanto os troianos, ou seja, republicanos e democratas, não necessariamente nesta ordem.

Comentários

  1. KKKK

    Esse é o jornal que vende, pra desviar os recursos que estão vindo pra cá, kkk.


    Parsifal, só pra ti teres ideia, o Brasil está cheio de tecnicos norte-americanos pra aprender como fazer o SUS e o Sistema Bancário, o deles é ultrapassadissimo, escroto pra caramba, até hoje não conseguiram copiar o nosso e tão morrendo de inveja, mas como o OBAMA é mais humilde que o resto, pediu para o LULA e a Dilma pra mandar os tecnicos dele pra vir copiar o nosso e foi dado autorização, fonte?
    Fundação Getúlio Vargas, que estão acompanhando esses tecnicos pra ajudar a decodificar os dados pros pobres e "arrogantes" americanos que por causa da sua "liberdade exarcerbada" permitem o racicismo e a intelerância.

    kkkkkkk e ainda vem com artigo desse?

    kkkk... adorei... como diria minha falecida avó, quem desdenha quer comprar!

    Parabéns comentaristas americanos, finalmente conheceram o valor do Brasil, Povo vamos comemorar, já começou o processo pra se dobrar pro Brasil.

    Adorei a reportagem.

    Adoro ler essas coisas, principalmente quando o sujeito é desinformado, dá pra ter uma ideia exata de onde tira as informações equivocadas. Parece fofoca de gente preguiçosa, muito bom saber que até lá tem isso.

    ResponderExcluir
  2. CADE O LINK PARA A MATERIA ORIGINAL?

    ResponderExcluir
  3. Prezado Parsifal,

    Não achando post oportuno para noticiar esse estudo, coloquei por aqui mesmo... Então, gostaria de lhe apresentar essa notícia do IPEA informando que a "Divisão do Pará pode criar três Estados deficitários".
    http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=12369&catid=159&Itemid=75

    Agora, qual seria o argumento a favor da divisão?
    Ou será que o IPEA está errado?

    Acho que o estudo apresentado para solicitar a divisão não foi completo, se arvorando em uma manobra política para ser aprovada no Congresso.

    Um estudo demandaria mais tempo, com réplicas e tréplicas científicas, mostrando qual seria o "ambiente" resultante da divisão - e a campanha de apenas um mês não seria suficiente para apresentar esses estudos.

    ResponderExcluir
  4. Assista:

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1013457-estudantes-parodiam-globais-em-video-pro-belo-monte.shtml

    Inteligencia e Internet contra Estupidez Midiática.

    Adorei!

    ResponderExcluir
  5. Olá dflopes,

    Este estudo do IPEA foi elaborado no ano passado e o relatório não emite parecer conclusivo, apenas sistematizou dados colhidos no IBGE, Tesouro Nacional e Tesouro Estadual. Alguns técnicos do IPEA é que começaram a apresentar cenários a partir dos dados e fazem engenharia reversa com os dados, ou seja, a conclusão é que os estados seriam deficitários e, de trás para a frente, explicam porque.
    Com base neste mesmo estudo, outros economistas, também fazendo engenharia reversa, montam cenários positivos. Como a grande mídia, nacional e estadual, cada qual com as suas respectivas razões, são absolutamente contrários à divisão, noticiam apenas os cenários negativos.
    Para que os cenários negativos sejam montados, os técnicos do IPEA, e de outras instituições, usam alguns sofismas contábeis, mudando, inclusive, naturezas jurídicas de receitas e despesas.
    As réplicas e tréplicas existem, mas não é conveniente mostrar e, infelizmente, os marqueteiros de ambos, não optaram por esclarecer a população a respeito.
    Eu mesmo, repliquei a várias publicações nacionais e meus textos jamais foram publicados sequer no site do IPEA onde são postados todos os cenários negativos.

    ResponderExcluir
  6. 11:13:00,

    As palavras em negrito, na postagem, são links.

    ResponderExcluir
  7. João Farias30/11/2011, 15:33

    Parsifal, não perca de vez o restinho de credibilidade que você ainda tem. Você é político, e todo político involvido a favor da divisão do Pará só o faz por conveniencia.Nenhum político separatista está preocupado com os problemas da população, estão sim ávidos para continuar MAMANDO no DINHEIRO PÚBLICO.

    ResponderExcluir
  8. João,

    Eu não tomo posições por conveniências políticas. Não preciso disto. Se assim fosse eu seria a favor do NÃO e estaria fazendo o maior sucesso nas carreatas da capital.
    A minha posição a favor da divisão tem mais de 20 anos e, há 20 anos, eu afirmo que sou a favor da divisão e que ficarei no Pará se dividir, pois sou paraense e não quero perder o meu adjetivo gentílico.
    Eu, simplesmente, como você acredita que não é bom, acredito que será melhor.
    Pela sua lógica, os políticos que defendem o NÃO também poderiam estar interessados em continuar "mamando no dinheiro público", pois para fazer isto pouco importa se o Pará divida ou não: o Estado, do tamanho que é, sem dividir, é sangrado do mesmo jeito por políticos, empresários, e até pessoas desconhecidas que espetam um dreno na máquina, pois a corrupção não é uma questão de tamanho de estado e sim de deformação de caráter.
    Não reduza a questão a isto pois tal assertiva não contribui em nada ao debate. Tente compreender que não é mau caráter quem pensa diferente de você.
    Assim como você tem todo o direito de acreditar que a divisão enfraquece o Estado e não deve ser chamado de mau caráter por isto, eu também, e todos aqueles que pensam como eu, têm o mesmo direito de formar um pensamento diverso e ser respeitado por isto.
    A democracia só amadurece com a tolerância e o respeito mútuo. Tente ser inteligente o suficiente para atacar e desmontar a ideia, pois, de repente, você até convence o outro lado. Se você se colocar a atacar a pessoa que defende a ideia, tudo o que você vai conseguir é acirrar a animosidade.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.