O segredo da corte
Enquanto as delações premiadas feitas contra os políticos ganham as ruas com a velocidade da luz, há 25 pedidos de inquéritos que continuam com uma densa tarja preta no meio da esbórnia desvelada.
O que está debaixo da tarja são os trechos das delações premiadas feitas pelos ex-executivos da Odebrecht que citam membros do Poder Judiciário que, segundo as paredes do gabinete do ministro Edson Fachin, fazem principal carga nos tribunais superiores.
Não se sabe até agora o porquê de Fachin manter esses trechos a sete chaves sob sua guarda e nem o porquê de a imprensa, que provavelmente já tem as informações, também fechá-las no cofre da editoria.
A Lava jato suando
Eu venho opinando há algum tempo que o sensacionalismo e o excessivo alongamento da Lava Jato tem começado a causar fadiga de material e que a tendência de polos radicalizados é buscar o centro.
No dia do depoimento de Lula à Moro, a Diretoria de Análises de Políticas Públicas da FGV estudou o comportamento de usuários das redes sociais em torno do depoimento. A base foi 650 mil menções no Twitter sobre o interrogatório.
As planilhas sintéticas do mapeamento da FGV sobre as opiniões tuitadas identificou claramente que já há uma maioria de 32,3% no centro que parece se ter cansado da polarização do assunto. Os polos ficaram praticamente empatados, com um grupo de 19,2% manifestando-se a favor de Lula e 20,7% contra ele.
Eu sempre digo que o mundo é dos moderados.
O menu de Eike Batista
O cardápio de delação premiada oferecido por Eike Batista aos procuradores da República tem mais do mesmo quando oferece pratos com o nome de Lula e a Sete Brasil, de quem o ex-presidente seria um sócio oculto, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Lúcio Funaro – que teria recebido propina para autorizar o FI-FGTS investisse a investir R$ 750 milhões na LLX e também dar detalhes das propinas que teria pagado a congressistas para que a lei que legaliza os cassinos seja aprovada.
Os crimes de Dilma e Cardozo
A delação premiada do casal João Santana e Mônica Moura trouxe, definitivamente, a ex-presidente Dilma Rousseff e o seu fiel escudeiro, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, para o entrudo da Lava Jato.
Além do já corriqueiro enredo da propina disseminada pelo patrimonialismo no qual o PT se embebedou ao assumir o poder, a delação dos Santana imputa novos crimes a Dilma e Cardozo, a quem acusam de ter avisado o casal dos passos da Lava-Jato e até mesmo de tê-los avisado que seriam presos, o que constitui crimes de violação de sigilo funcional, obstrução de Justiça, crime de responsabilidade e crime contra a administração pública.
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ResponderExcluirdescuçe a mudança de assunto, mas se houvesse CADE que mereça o nome, essa compra da xp pelo itau não seria permitida. Já é um dos maiores bancos num setor oligopolizado que tem prestado maus serviços, já tem sua corretora, não se admite que compre mais uma instituição apenas para diminuir a concorrencia, todo mundo sabe que é esse o objetivo dessa e outras compras.
ResponderExcluirSim. o Itaú já está muito grande para ser maior ainda. Para driblar o CADE comprou "apenas" 49,9%, ou seja, a compra não o faz "dono" da XP, mas todos sabem, inclusive o CADE, que os outros 50,1% não definirão mais o que a XP cresceu fazendo, que é exatamente a desbancarização do perfil que migrou para ela e para outras similares.
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