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Senador Aécio Neves foi quem escolheu o novo presidente da Vale

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Reza a lenda que o novo presidente da Vale, a multinacional brasileira que é a terceira maior mineradora do mundo, Fábio Schvartsman, foi escolhido por meio de um ilibado processo profissional conduzido pela norte-americana Spencer Stuart, uma das líderes globais especializada em consultoria e head hunting, termo usado pelas empresas globais para procurar e contratar executivos.

É verdade que os acionistas da Vale, quando foram comunicados pelo board da empresa que o contrato de Murilo Ferreira não seria renovado, autorizaram a contratação da Spencer Stuart para procurar o sucessor dele.

Mas enquanto a Spencer Stuart se virava de um modo, o presidente Michel Temer agia do modo tradicional e convidou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente do Bradesco, um dos maiores acionistas da Vale, para uma conversa.

A primeira conversa do triunvirato, em local incerto e não contado, deu-se três meses antes do dia D da sucessão e os três acordaram que o senador Aécio Neves seria o encarregado de encontrar um nome de consenso para enfiar na lista da Spencer Stuart.

Segundo informações do jornalista Lauro Jardim, cuja fonte, segundo ele, foi um importante acionistas da Vale, Aécio Neves, Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, e o coroado economista tucano, Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no governo de FHC, chegaram ao nome de Fabio Schvartsman, presidente da Klabin.

O nome foi levado a Michel Temer que bateu o martelo e liberou a turma para impor o nome de Schvartsman ao Conselho de Administração da Vale, e a vontade do Governo Federal na Vale é uma ordem, pois o Governo é detentor das Golden Shares da empresa, que são ações preferenciais de classe especial que podem, inclusive, liquidar a companhia.

A própria Vale enumera os poderes destas ações:

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Em assim sendo, para cumprir as formalidades legais, depois da reunião do Conselho, a Vale publicou na segunda-feira (27), para inglês ver:

"Fabio Schvartsman foi eleito pelo Conselho de Administração a partir de uma lista preparada pela empresa internacional de seleção de executivos, Spencer Stuart, em conformidade com as normas e governança da companhia".

Comenta-se no Café Otávio, informalmente chamado de “Café do Quércia”, que o presidente da Previ, o poderoso fundo de pensão do Banco do Brasil, um dos maiores acionistas da Vale, não foi ouvido em nem cheirado na história e até agora está meio de bubuia na maresia.

Mas o importante é que Fábio Schvartsman é um dos melhores executivos do Brasil, respeitado em todo o mundo. Quem perdeu foi a Klabin. A Vale ganhou.

Comentários

  1. nao sei porque, ultimamente as postagens do nobre, esta sempre se referindo ao senador aecio,seria um interesse platonico,ou uma jogada politica,perpetrada plo seu guru. pra se ajuntar la na frente.será que o homem vai ter o poderio de coligar psdb e pmdb aqui no pará.2018 nos aguarda.

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    1. O que se lê nesse blog são opiniões, ou relatos, pessoais meus exclusivamente.

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  2. A vergonha do Rio. O Tribunal de Contas tem 7 conselheiros, 6 estão presos hoje. Será uma epidemia o que está acontecendo...e a vacina cadê?

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  3. Caro Parsifal, o senhor tem acompanhado a cotação do minerio de ferro?

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    1. No último contrato de embarque (02.17) o preço da tonelada no romaneio foi de US$ 88.

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