Uma mulher estava sentada no barco de pesca do marido, lendo um livro, quando se aproximou um barco da fiscalização de pesca e o fiscal a abordou perguntando o que fazia ela ali.
- Estou lendo um livro.
Incrédulo, o fiscal a informou que ela estava em uma área proibida para pesca e por isso teria que multá-la, ao que a mulher retrucou, inquieta:
- Mas eu não estou pescando! Já lhe disse, estava lendo o meu livro!
- Não procede! A senhora possui todo o equipamento de pesca no barco e eu terei que apreendê-lo e multá-la. Insistiu o fiscal.
A mulher argumentou:
- Tá bom, mas se o senhor fizer isso, irei dencunciar que fui estuprada pelo senhor.
- Mas eu nem a toquei! Reclama o fiscal aflito.
A mulher respondeu, cheia de razão:
- Mas o senhor possui todo o equipamento necessário para isso!
ResponderExcluirTravessia do Marajó:
Do jeito que a coisa anda nessa travessia para o Marajó haveremos de ver ainda grandes tragédias. Junte-se a total ausência de órgãos fiscalizadores do estado, as condições climáticas propícias a mar agitado, a inadequação estrutural das atuais lanchas de passageiros (segundo opinam os entendidos no assunto) e a velha e incorrigível tradição de embarcações navegarem superlotadas de passageiros e cargas e esperar pelo pior.
Viajei nessas lanchas e me senti dentro de uma ratoeira. Depois de fazer minhas orações, analisei se haveria tempo para salvamento caso houvesse um choque com pedras ou troncos, afinal elas são todas fechadas e diante da rapidez de um naufrágio dificilmente os passageiros teriam tempo, adestramento e sangue frio para apanharem os coletes e saírem em ordem todos sãos e salvos. O pânico é o evento mais plausível.
E de tudo tem acontecido; desde panes que não são comunicadas à capitania dos portos com receio de serem multados (o mesmo enredo da tragédia da Chapecoense); barcos à deriva no meio da baia do Marajó; abandono de passageiros caídos ao mar; falta de equipamentos de segurança; etc. Pergunta-se: quem são os responsáveis por isso?