Brasília, pelo fato de ser a capital da República, é uma cidade em constante ebulição, mas no final da tarde de ontem (24) fervilhava mais do que o usual.
Corria solto pela capital Federal que a PF recebera do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, gravações das conversas que teve com o presidente Michel Temer e os ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
As gravações, já em mãos do STF, comprovariam que os três o haviam pressionado a solucionar a contenda de forma favorável a Geddel, o que configuraria, em tese, tráfico de influência partindo do próprio presidente da República.
Independentemente de qualquer outra análise do comportamento de Calero, Molière se deve ter inspirado nele para escrever Tartufo, em 1664, e Temer precisa ter mais cuidado para preencher os seus cargos de confiança, pois até o Vaticano tem alcovas que excomungariam o papa se viessem à tona.
Quem conhece o presidente Temer sabe que ele não tem por hábito largar amigos no chapadão, mas a amizade é uma via de duas mãos e Geddel, como eu já havia sugerido aqui, para tentar estancar a crise, entregou a sua carta de demissão esta manhã (25) ao presidente. Mas a carta, embora providencial, já chega um pouco depois da hora.
O depoimento de Marcelo Calero à PF ontem (24), com ou sem as gravações ditas como havidas, assanhou a oposição que já começou articulação para pedir o impeachment de Temer, que mesmo em não vingando, constitui-se em desgaste que poderia ter sido evitado se assim que eclodiu a crise o responsável por ela se tivesse recolhido.
Mais um NOTÓRIO peemidebista. Que partido é este? Parece que ainda tem uma penca, das graúdas, para pedir demissão de tanta sujeira disposta nessa agremiação partidária.
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