A imprensa deu manchetes e faz suítes todos os dias sobre o pedido de demissão do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que se retirou com um tiro no peito do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Calero acusa Geddel de “corrupção e tentativa de tráfico de influência por tê-lo pressionado a levantar o veto imposto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à construção de um condomínio residencial em uma área tombada de Salvador, na Bahia”.
Geddel admite ter comprado um apartamento no empreendimento embargado, mas nega a pressão sobre o ministro. Isso, todavia, não fez a lenha refluir.
Casos como esse revelam que a República está longe de ser vista como algo impessoal por aqueles que nela ocupam espaços de destaque. Para todo procedimento há regras rígidas e prerrogativas claras, não sendo atitude ética de um ministro que despacha ao lado do presidente da República, ou em qualquer endereço da Esplanada, tratar, com o cargo que tem, de seus interesses pessoais.
Se Geddel possui interesse pessoal no empreendimento, feriu a ética pública ao tratar do assunto com o ministro da Cultura, que, por suposto, não inventaria uma desculpa de tamanha gravidade para se retirar do governo.
A solução imediata para o quiproquó seria o ministro Geddel não constranger o presidente da República e pedir para sair, ou este exonerar o ministro, pois o alongamento da novela coloca jaça em um governo que o povo já vê de forma atravessada.
Mas Geddel não fez uma coisa e Temer não fez a outra e ainda determinou a publicação de uma nota na qual dá uma no ferro e outra na ferradura ao afirmar que Geddel permanece no cargo e que a liberação, ou não, da obra, seguirá "critérios técnicos", que serão “respeitados todos os marcos legais” e que será “será respeitada a autonomia do Iphan”.
Desculpem-me os feiticeiros do Palácio do Planalto, mas a nota diz o óbvio. É claro que qualquer ato administrativo tem que seguir os critérios técnicos e legais e que autonomia dos órgãos da República tem que ser respeitada: é isto que está na lei.
"O Retorno de Geddel" - Michel Skywalker ficará do lado negro da Força ou irá ficar com Lord DEM Vader?
ResponderExcluirInfelizmente o Governo do Michael Temer é fraco, ele não tem voz, não tem pulso. Chega a temor se o Lula for preso. Só vejo uma explicação - tem rabo preso.
ResponderExcluirParsifal tu és do governo, tem cargo do governo e critica o governo. Não tens medo de rua?
ResponderExcluirO meu ato de nomeação não veta ter opinião e emiti-la. Se tivesse, não aceitaria.
ExcluirOlha que a cobra pode te comer Parsifal. Isto prova que este Governo não tem moral para nada se tivesse estes ptistas que estão em cargos federais em Belem e no Pará ja tinham sido exonerados.
ResponderExcluirAs minhas preocupações são outras.
ExcluirGovernos se fazem por conveniências e/ou inconveniências e não por moralidade, imoralidade ou amoralidades.