Até a década de 70 as empresas se orgulhavam ao apresentar uma sala com máquinas que mais pareciam usinas termoelétricas: os mainframes, ícones da modernidade tecnológica.
No início da década de 80 os mainframes tornaram-se pequenos armários onde se encaixam servidores. O conceito de eficiência agora passa pelo binômio custo-benefício e a prova dos nove é a competitividade.
O setor bancário nacional vive o final de um modelo. No lusco-fusco do século XX, os bancos deixaram de imobilizar capital em prédios próprios. Resolveram vendê-los e alugar prédios onde prestam seus (péssimos) serviços, pois é menos danoso ao fluxo repassar o aluguel aos clientes do que amortizar a imobilização.
Depois veio o enxugamento da folha de pessoal, a fase que se vive hoje, com a automatização.
Nessa onda, o Banco do Brasil anunciou ontem (21) o seu Plano de Restruturação, que consiste em fechar 430 agências e cortar 9 mil funcionários. Com o conjunto da obra pretende economizar até R$ 2,9 bilhões ao ano.
E o que forçou o banco a dar à luz o plano? Uma imposição da aldeia bancária global: o BIS, sigla em inglês para Banco de Compensações Internacionais, deu até janeiro de 2019 para que os bancos que quiserem ser considerados saudáveis se adequem às regras internacionais de saúde financeira.
E a equação do BIS só fecha através daqueles cálculos matriciais complicados, que mais parecem a equação do Nash para determinar qual pombo vai bicar qual caroço de milho jogado ao chão.
Pasternak, na sua obra prima Doutor Jivago, construiu um diálogo entre os personagens, quando um caseiro entrega ao ex-patrão um jornal que anunciava a execução do Czar Nicolau II e toda a sua família, inclusive as crianças:
Gromeko (ao ler a notícia): - Meu Deus! Por que tanta brutalidade! Por que fizeram isso!?
Jivago – Para deixar claro que a Revolução é definitiva e não há volta à Monarquia.
Vivemos uma transição. O status quo que fez base para o atual sistema é finado e estamos apenas vivendo o espólio. Não nos esqueçamos que transições históricas duram gerações.
Foi isto que o sociólogo norte-americano Francis Fukuyama sugeriu em 1992 quando publicou o “O Fim da História”, despertando a fúria santa da esquerda internacional.
Além de concordar com Fukuyama, eu argumentava que ele sequer fora original, pois a tese de ciclos históricos já tinha sido enunciada por Hegel ainda no século XIX.
Portanto, antes porque não é mais possível evitar a marcha, que se acautele quem ainda pensa que duplicata não vence. Todo aquele que não seguir a marcha do tsunami, para tentar se salvar no refluxo, vai ficar espetado nos escombros do rastro que a onda deixa.
Parsifal;
ResponderExcluirOntem à noite, meio sonolento, casualmente assisti uma entrevista do governador Simão Jatene a um entusiasmado elogiador-entrevistador (seria o Matoso no canal 14?), que mais uma vez demonstrou ter três falas bem distintas.
Fala 1: Em palestras e entrevistas, Jatene nunca perde a oportunidade de se queixar da crise econômica que atinge o país, ainda que ultimamente já não venha criticando o governo federal pelo injusto repasse de verbas, a tônica do discurso quando o PT ainda estava no poder. No lugar desta queixa, agora admite que a queda de arrecadação é o maior gargalo.
Fala 2: Para o marketing pessoal e propaganda política, Simão Jatene não economiza em propaganda milionária quando o assunto versa sobre a 'estabilidade das contas do estado e as obras realizadas no sistema de saúde, dando a impressão que o estado é um 'pai-rico' e que não passa por nenhuma dificuldade econômica.
Fala 3: A mais assimétrica de todas, e proferida tanto pessoalmente quanto pelas bocas e mãos de seus secretários, anuncia uma 1insolvência do estado1 caso tenha que fazer alguma reposição de perdas dos salários, a esta altura em queda livre pela corrosão inflacionária e com péssimas previsões para o ano seguinte, pois so falam de cortes.
Seria honesto reconhecer o aumento da emanda por serviços de saúde pública e que, enquanto o Brasil não adotar o modelo chileno, que cobra pelos serviços públicos, não haveria outra alternativa senão exigir dos prefeitos o compromisso com a atenção básica (que aliviaria a despesa estadual) em vez de apoiar os \zeraldos da vida; e por último dizer ao povo que o estado não é um 'pai-rico1 e que só dá para fazer 'X' e pronto.
Do jeito como vai, o serviço público do Pará vai sendo empurrado para o mesmo cadafalso que os ex-papais-ricos do Rio de janeiro - Cabral e Garotinho - aprontaram para os 'culpados' pelo desastre financeiro do estado com obras superfaturadas, mensalões e gastança de dinheiro público com o luxo da família.
Os filhos já vivem em apartamentos de dois milhões de reais e já se tornaram empresários de postos de gasolina, fazendas, etc. O que falta mais? Que a primeira dama ganhe de presente da CERPASA um brinco de 800 mil reais?
Nº 223, terça-feira, 22 de novembro de 2016 COMPANHIA DOCAS DO PARÁ
ResponderExcluirAVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO ELETRÔNICO N.º 40/2016/CDP
OBJETO: Elaboração de Plano para recuperação/remediação de todas
as áreas afetadas pelo acidente ocorrido no Píer 300 do Porto de Vila
do Conde no Município de Barcarena/PA - CDP, em conformidade
com as condições estabelecidas no presente edital, no seu termo de
referência e demais anexos.
DATA: 07/12/2016, às 10h15min. (horário de Brasília). Site: www.licitações-
e.com.br
Os interessados poderão obter outras informações e/ou o
Edital na sede da COMPANHIA DOCAS DO PARÁ - CDP situada
na Avenida Presidente Vargas, 41, Centro, CEP 66.010-000, na cidade
de Belém/PA, Sala de Licitações - CDP, tel: (91) 3182-9160/9084, de
08h às 14h, de segunda a sexta-feira, também nos sites:www.licitações-
e.com.br e www.cdp.com.br OBS :BARCARENA JÁ ESTÁ EM PLENO FUNCIONAMENTO ? SIM OU NAO ... !!
Sim. Apenas o berço onde está o navio naufragado não está operacional.
Excluirhttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1834064-banco-do-brasil-projeta-economia-de-r-21-bilhoes-ao-ano-com-demissoes.shtml
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1833958-banco-do-brasil-anuncia-plano-para-fechar-agencias-e-economizar-r-750-milhoes.shtml
ResponderExcluirnão gosto de normativas mundiais. Cada um deveria viver a sua maneira. a Suiça é um bocado diferente do brasil e os engravatados das financiais mundiais em geral são meio ets (extraterrestres) e meio psicopatas.
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