Pular para o conteúdo principal

Deus e o diabo na Terra do Meio

Shot

A Terra do Meio, uma nesga de terra no centro-sul do Pará, é sempre notícia de degradação ambiental, pistolagem, grilagem de terras e irregularidades de toda ordem, mas ali também moram e trabalham pessoas que  produzem em grande e pequena escala, que não merecem a mácula dos maniqueístas que não conhecem a gênese colonizadora que ainda vive a Amazônia.  

Há uns 15 dias eu recebi um pacote de castanha-do-pará (eu continuo chamando assim, embora o nome tenha mudado para castanha-do-brasil).

As castanhas estavam semi desidratadas e embaladas a vácuo. Eu perguntei de onde vinham e soube que a origem da colheita e da semi industrialização é da Comunidade Rio Novo, que está dentro da Reserva Extrativista Rio Iriri, no município de Altamira-PA.

As reservas extrativistas tem sido ótimos manejos de economias sustentáveis para as comunidades tradicionais, pois geram renda advinda de produtos que vêm com o selo orgânico e o valor agregado de terem chegado ao balcão sem agressão ao meio ambiente.

Pesquisando sobre a Rio Iriri, cheguei a um vídeo elaborado pela Folha de S. Paulo, que mostra o manejo da castanha-do-pará na reserva referida.

No começo, o vídeo também mostra o manejo do cacau e  produção de chocolate em Medicilândia, a que já me referi aqui.

Comentários

  1. OK, Ok, todos esses projetos são apoiados pelo PDRS Xingu, fundo de compensação econômica criado pelo presidente Lula como compensação econômica pela inserção da construção do AHE e Belo Monte na região...

    ResponderExcluir
  2. A volta dos que não forram...
    Hoje recebi esta postagem do meu amigo (sumido) Parsifal Pontes. Foi um verdadeiro presente, não fora ele, Parcifal também oriundo da floresta. O nosso Terra do Meio, aqui em Marituba na ilharga de Belém, surgiu por causa daquela uma da reportagem. O Terra do Meio, este um, se ressente da tua ausência...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá meu amigo André, Barão da Terra do Meio. Como diz a modinha, estou longe dos seus olhos, mas perto do seu coração. Qualquer dia desses um vento de banda me leva por aí, para atualizarmos os assuntos.

      Excluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.