Pela enésima vez a Câmara dos Deputados instalou, hoje à tarde (25), uma comissão especial para elaborar, pela enésima vez, reformas no sistema político nacional.
E de enésima em enésima, salvo significativa mudança de proibir o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas, advinda não do Poder Legislativo, mas do Supremo Tribunal Federal, o sistema político nacional continua uma zéresima, pois as emendas impingidas ao sistema normativo afim, mais as resoluções geridas pelo Tribunal Superior Eleitoral, a cada eleição, tornam o soneto em meros versos de pés quebrados.
A proibição do financiamento por pessoas jurídica, que eu sou a favor de permanecer, por exemplo, embora providencial, não rima com o voto pessoal que temos hoje, e deveria ser acompanhado do voto em lista, com reforço do sistema partidário e meios de penalização ao partido que se afastar, no parlamento, daquilo que lavra o seu estatuto. O eleitor, assim, votaria em um programa e um compromisso partidário e não em uma pessoa que, depois de eleita, faz o que bem entender com o mandato.
A comissão terá até maio de 2017 para preparar o prato que irá ao plenário. Confesso que não tenho nenhuma expectativa, pois pelo pretérito que já vi, não sairá nada que preste do que virá.
Espero estar errado.
Comentários
Postar um comentário
Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.