Umberto Eco foi um renomado intelectual de uma geração que se finda na primeira metade do século XXI, pois o mundo ficou demasiadamente avesso para sorver intelectualidade, antes porque ela é, mormente, indigesta.
Eco tornou-se conhecido como escritor, mas era filósofo, linguista e semiólogo titular da cadeira de Semiótica da Universidade de Bolonha, além de professor colaborador das universidades de Yale, Columbia e Harvard, nos EUA e do Collège de France.
O meu interesse pela obra de Tomás de Aquino fez-me ler Eco pela primeira vez: uma coletânea de textos sobre a “estética medieval”, com análises críticas dos textos de Aquino, “por não empreenderem reflexões estéticas”.
Das suas obras literárias, sugiro que se aproveitam as duas mais conhecidas: “O Nome da Rosa”, levada ao cinema por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal (imperdível) e “O Pêndulo de Foucault”, para mim o melhor. Os outros quatro, a não ser que você queira dizer que “leu todos os livros de Eco”, não passam do mediano.
Eco era colaborador de vários jornais europeus e seus mais repercussivos textos carregavam rabugices com a incapacidade do ser humano moderno com a abstração, pois o elaborar raciocínios complexos, sustentava, com razão, é um importante propulsor do progresso humano.
Eco desancava as redes sociais como meio de propagação de “bobagens”. Com o seu falecimento na sexta-feira (19), resgatou-se-lhe uma frase que resumia a casmurrice com o tema: “a internet deu voz aos imbecis”.
A frase completa foi dita em entrevista ao jornal italiano, “La Stampa”:
"As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis".
A opinião de Eco foi preconceituosa. Antes porque aos idiotas e imbecis cabe o direito de manifestação tanto quanto aos vencedores do Nobel. Se as manifestações deles repercutem a ponto de “prejudicar a humanidade”, então essa está tão desprovida de senso crítico que passa a ser culpada do prejuízo.
A popularização da internet como fato social de comunicação é uma das maiores conquistas do século XX e o mal, ou o bem, não estão nela, mas em quem a usa para o mal, ou para o bem. Querer cerceá-la como instrumento, se não é uma idiotice é uma imbecilidade.
Mas eis que a terra deve ser leve sobre Eco, pois uma das suas maiores virtudes era a tolerância com as diversidades: ele, definitivamente, não era um fundamentalista.
Nº 34, segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO
ResponderExcluirEXTRATOS DE TERMOS ADITIVOS EDITAL DE CONVOCAÇÃO
EXAMES PRÉ-ADMISSIONAIS
2ª CONVOCAÇÃO
A COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO - CDRJ,
considerando a realização do Concurso Público para o emprego de
Guarda Portuário, cuja homologação ocorreu através do resultado
publicado em 29/06/2010, no Diário Oficial da União, convoca, por
determinação judicial, pela segunda vez, o candidato abaixo relacionado
para comparecer no Serviço Médico do Sindicato dos Portuários
do RJ (Av. Rodrigues Alves, 129, fundos, Centro - Rio de
Janeiro - RJ, tendo opção de entrada também pela Av. Venezuela, ao
lado do nº 110), dia 22 de fevereiro de 2016, as 8h30h, para realização
de exames médicos pré-admissionais. É necessário estar em
jejum de 12 horas; levar um recipiente contendo o segundo jato da
primeira urina do dia e, outro recipiente contendo fezes.
Nesta mesma data, solicitamos comparecer às 10h, à Gerência
de Gestão de Carreira (Rua Acre, 21, 2º andar - Rio de Janeiro
- RJ), para apresentação de documentos - original e cópia, conforme
especificados na relação de documentos exigidos para admissão, a
qual se dará em data ainda a ser definida.
Ressaltamos que, tanto os exames médicos, quanto e a entrega
dos documentos solicitados para admissão, possuem caráter
eliminatório, conforme previsto em edital.
Emprego: GUARDA PORTUÁRIO
CLASSIFICAÇÃO INSCRIÇÃO NOME
10º 186531 STENIO ABREU DE LIMA
Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2016.
ALEXANDRE PORTO GADELHA
Diretor-Presidente
Bom dia e boa semana.
ResponderExcluirConcordo com o Eco, pois as asneiras ditas pelos idiotas produzem vítimas de crimes de injúria, calunia e difamação em grande escala e afora os linchamentos. Na mesa do bar o dano ficava restrito e menos difuso e agora.....Mas é o ônus de se viver nesta época em que cada vez mais cada um é por si.
ResponderExcluirÉ um raciocínio, no mínimo, controverso, pois, se colocarmos os pontos nos is, os inteligentes e articulados já causaram mais prejuízo à humanidade do que os idiotas e imbencis.
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