Com raras exceções, toda a imprensa nacional abriu manchetes ontem (23) à tarde anunciando em letras similares: “Dona da rede Magazine Luiza assume Conselho Público Olímpico”.
As manchetes se referiam a Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, presidente da nona rede de varejo do Brasil, o Grupo Magazine Luiza.
O erro que a imprensa sempre comete ao chamar Luiza Trajano de “dona do Magazine Luiza” é imperdoável para veículos como O Globo, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e outros do mesmo naipe, pois induz o leitor a erro.
Se em tal “banalidade” a imprensa veicula notícia errada, imagine-se no que mais suas letras enganam o leitor desavisado e crédulo em tudo que sai nos jornais.
Luiza Trajano não é dona do Magazine Luiza. Sequer o nome da loja veio do seu próprio nome e sim do da sua tia, Luiza Trajano Donato que, juntamente com o esposo, Pelegrino José Donato, comprou, em 1957, em Franca (SP), uma loja chamada “A Cristaleira”, cujo nome foi mudado para “Magazine Luiza”, em homenagem à matriarca.
Em 1966 o casal Trajano admitiu como sócios minoritários da loja o casal Wagner Garcia e Maria Trajano Garcia, irmã de Dona Luiza e mãe de Luiza Helena Trajano, a atual presidente do grupo Magazine Luiza, que desde então começou a trabalhar na loja.
Em 1991, quando o Magazine Luiza já era um dos maiores varejistas do sul do Brasil, a matriarca Luiza Trajano Donato, em um bilhete escrito em uma folha de papel caderno, participou a Luiza Helena Trajano, já então uma ativa administradora das lojas, a sua nova função: a superintendência das lojas. Naquele mesmo ano foi criada a holding LTD (Luiza Trajano Donato), que profissionalizou a administração e alavancou os negócios.
Em 2006, o fundo internacional Capital Group adquiriu 12,36% da empresa.
Os sócios majoritários da holding LTD, que poderiam ser chamados de donos, pelas suas posições acionárias de maior percentual, continuam, todavia, sendo os fundadores Luiza Trajano Donato e seu esposo Pelegrino José Donato.
Não se pode negar, no entanto, que Luiza Helena Trajano, desde 2009, quando efetivamente assumiu a presidência do grupo, confunde o seu nome e a sua imagem bem trabalhada de empresária de sucesso, que ela de fato é, com a própria loja.
Mas para todos os efeitos societários ela é apenas uma sócia minoritária e chamá-la de dona do Magazine Luiza é um erro quase tão crasso quanto chamar Alexandre Corrêa Abreu, atual presidente do Banco do Brasil, de dono do Banco do Brasil.
Parsifal;
ResponderExcluirTenho matutado sobre o substituto do fator previdenciário apresentado pelo governo ontem. Cheguei a conclusão de que na prática tudo fica quase exatamente como era, e que os contribuintes que poderiam obter mais vantagens; se homens, deveriam ter nascido em 1959, ter começado a contribuir aos 18 anos e não tivessem nenhuma interrupção até completarem os 35+4 anos extras de contribuição, e nos próximos meses completassem 56 anos de idade. O número cairia muito se houvesse atraso no início da contribuição ou interrupções no correr desta. Aí o governo ganha de qualquer jeito. E é o que deve acontecer, ou seja: ficar quase igual ao que era.
Chamou a minha atenção a aceitação das 'frações de idade' - desde que se alcance 85/95 de soma. Mudando de regra previdenciária, passando para o exemplo de servidor público, daquilo que a lei estabeleceu como 'pedágio' (cada ano contribuído além de 30/35 seria um ano reduzido da idade mínima) eu vi certa vez uma colega trabalhar 6 meses a mais porque eles disseram que ela só poderia se aposentar com 'idade completa', embora matematicamente o pedágio tivesse zerado 6 meses anos. Então sendo assim, será que uma servidora deve trabalhar um ano a mais só porque a conta do pedágio zerou uma semana depois do aniversário dela? É isso mesmo?
Sim, fica "quase" igual ao que era, mas por conta do "quase", segundo os técnicos atuariais, o governo economizará cerca de R$ 50 bilhões até 2026.
ExcluirO jornal O Globo, dirigido por João Roberto Marinho, não se conteve e 'derrubou' a presidente Dilma Rousseff descaradamente em uma reportagem publicada na edição desta terça-feira 22.
ResponderExcluirA matéria intitulada "Críticas de Lula incomodam Dilma, que busca dar boas notícias" começa com a seguinte frase: "A ex-presidente Dilma Rousseff ficou bastante incomodada com as críticas abertas do ex-presidente Lula à sua gestão no encontro que ele teve com religiosos na semana passada".
A distorção: o jornal O Liberal festeja o fato de o Pará ter a 4ª menor taxa de aprisionamento. Como festejar? Primeiro, os dados são abastecidos pelos gestores dos presídios, que são ali colocados como cargos de confiança do governo estadual. Como festejar? Se ali os presos colocados ultrapassam em quase 50% a mais do que comporta o presídio, segundo a pesquisa alimentada pelos mesmos gestores. Ademais pela falta de planejamento os bandidos continuam soltos e nós é que estamos presos. Dá pra festejar? A não ser que a festa esteja sendo patrocinada com o nosso dinheirinho.
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