Uma das três maiores agências de classificação de risco do mundo, a Standard & Poor's, publicou ontem (23) o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, mantendo o escore BBB- que o país já portava há um ano e é a mais baixa pontuação do “Grau de Investimento”.
A publicação alivia o governo, que trabalhou incansavelmente para que o país não fosse rebaixado para BB+, o que nos levaria para o “Grau de Especulação” e significaria um desastre na atual conjuntura.
O rating da Standard & Poor's demonstra que a situação do Brasil está estável do ponto de vista macroeconômico e que a grita doméstica é intumescida menos pelo arrocho fiscal e muito mais pela fragilidade política da presidente.
A Standard & Poor's acredita que o governo quer corrigir o excesso de heterodoxia pretérita:
"Em uma reversão da política de seu primeiro mandato, a presidente encarregou sua equipe econômica de desenvolver um ajuste acentuado nas diferentes políticas - não só fiscal - para restaurar a credibilidade perdida e fortalecer os perfis fiscal e econômico do Brasil que agora estão mais fracos".
Ao final da exposição de motivos para a manutenção do rating, a S&P, repete o que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem dito à audiências afins, de que o ajuste fiscal, a curto prazo, provocará contração econômica:
"A provável contração deste ano reflete o impacto dos apertos fiscal e monetário, uma queda no investimento da Petrobras e sua cadeia de fornecimento do setor de construção, e apoio limitado das exportações líquidas em curto prazo".
A contração se estenderá aos bolsos de alguns e aos estômagos de muitos...e quem pagará a conta da contração? Sempre os mesmos..NÓS!
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