Tornou-se viral, desde ontem (30), o artigo do piloto holandês Jan Cocheret, comandante da aérea Emirates, publicado, em janeiro de 2015, na versão para assinantes da revista de aviação holandesa “Piloot en Vliegtuig” (Piloto e Avião), sob o terrível título “Doe jij even de deur open?”, em tradução livre para o vernáculo, “Abra a porta, por favor?”
No artigo, Cocheret semeava dúvidas sobre a pertinência de blindar as cabines, alegando que a medida poderia causar a singularidade de deixar um comandante trancado do lado de fora em pleno voo.
Trechos do artigo de Cocheret (foto), abaixo transcritos, foram recortados e colados nas notícias que correram o mundo, dando ares de premonição à lavra:
As frases acima foram, de fato, lavradas por Jan Cocheret, mas não no artigo de janeiro, na “Piloot en Vliegtuig”, como está sendo noticiado, mas em outro artigo, escrito em 26.03, dois dias depois do sinistro com o A320 da Germanwings, publicado na “Luchtvaartniews”, quando Cocheret, sob o mesmo título, reportando-se ao artigo de janeiro, ratifica a sua desconfiança com a medida, que vigora desde o fatídico 11 de setembro, em toda a aviação internacional.
O ato falho da imprensa internacional, todavia, não invalida o tom premonitório que o primeiro artigo envolveu, e a singularidade, infelizmente depois de mais uma tragédia ter ocorrido – outras já ocorreram pela mesma causa - gerou um novo protocolo na aviação, que impede a presença de apenas um membro da tripulação na cabine.
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