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Em boca fechada não entra mosca

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Hoje (30), em Capanema-PA, onde entregou 1.032 casas do programa “Minha Casa Minha Vida”,  a presidente Dilma relativizou a fala do ministro Joaquim Levy, em S.Paulo, na semana passada, a um grupo de  ex-alunos da Universidade de Chicago.

Disse Levy, na semana passada:

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Disse Dilma hoje:

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No dia seguinte ao seu surto de sinceridade, Levy, em nota, negou que criticara a presidente e, após a reprimenda privada que lhe foi repassada pelo ministro do Gabinete Civil, Aloizio Mercadante, foi engendrado o remendo publicitado hoje pela presidente, mas é havido na corte que o ministro só não será estorricado vivo na Esplanada porque o seu enfraquecimento aumentaria a instabilidade econômica que o Brasil experimenta.

Aliás, na progressividade de que um é pouco, dois é bom e três é demais, Levy já está na casa do “bom”, pois o “pouco” foi quando ele falou, há um mês, que a desoneração da folha de pagamento das empresas era “brincadeira de mau gosto”, o que lhe custou uma reprimenda pública da presidente.

Em um momento frágil do governo, é bom esse pessoal ouvir Shakespeare, quando ele disse que "é melhor ser rei de teu silêncio do que escravo de tuas palavras", o que vem a ser uma ratificação preventiva do adágio que dá título a essa postagem.

Comentários

  1. Moradores de apartamentos, quando se cansam de reclamações de latido de seus cachorros, mandam extirpar as cordas vocais dos animais.
    É o que a presidente deveria fazer com o Levy

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  2. Teoria economica, o cara pode ser de Chicago ou da Unama, ambos tem condições de saber.
    O cargo de Ministro da Fazenda exige conhecimento da máquina governamental e de prestigio junto ao mercado, uma questão de grife.
    Deveríamos colocar um almofadinha bem quisto no mercado, assessorado por alguém que conhecesse o governo e conduzisse suas falas.

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