As pinturas do nascimento de Cristo têm foco na figura de Maria acalentando O Salvador. A figura paterna é dogmaticamente coadjuvante em razão da concepção de Maria sem Pecado Original e da Virgindade Perpétua de Nossa Senhora.
Muitos confundem esses dois conceitos.
O dogma da concepção de Maria sem Pecado Original não se refere à virgindade na concepção de Cristo e sim de Maria ter nascido e vivido pura, não tendo jamais pecado e sequer tendo tido a vontade de pecar. É o dogma que a Igreja Romana celebra como “A Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria”. O termo “conceição”, aí, significa a imaculabilidade como modo de vida, ou seja, Maria, desde sempre, optou por uma vida sem pecados.
Ao mistério do nascimento de Cristo, conservando, a Santíssima Virgem, a castidade, a Igreja denomina “A Virgindade Perpétua de Nossa Senhora”, atribuindo a paternidade de Cristo ao Próprio Deus.
Assenta-se nesse princípio a descoloração de José, o esposo de Maria, nos afrescos que retratam a Natividade, majoritariamente lida como a maternidade divorciada da figura paterna mundana. O Natal, portanto, além da festa do nascimento do Salvador, celebra a dedicação materna. Se Deus concebeu um homem para encarnar o Seu Verbo, a casta figura de Maria é a face feminina da Divindade, pois, dentre as mulheres, ela foi A Escolhida para gestar o Seu Bendito Fruto.
José não deveria ter ido ao segundo plano da mitologia Crística. Ele foi fiel à profecia, aceitou Maria como esposa sem a obrigação de conhecê-la, deu-lhe suporte incondicional na gestação e na Natividade e adotou Jesus como seu Filho legítimo, tornando-se o pai terreno do Filho de Deus.
Quando muitos homens desatam os laços familiares, legando às mães a singular tarefa de prover material e espiritualmente os filhos, José é um exemplo de paternidade, um paradigma de pai de família dedicado, que doa a vida, o trabalho e a honra ao núcleo familiar. O Natal, na figura de José, é a celebração da paternidade na sua mais ampla e cativante concepção.
Um dos pouquíssimos afrescos da Natividade que retratam, em primeiro plano, a figura paterna, é obra do pintor barroco Guido Reni, que viveu na região da Emília Romana entre 1575 e 1642, hoje território italiano.
É belíssimo o seu “São José e O Cristo Criança”, que, com máxima vênia à Santíssima Virgem, escolhi para colar abaixo e desejar um
Feliz Natal a todos!
Nós homens pais temos muito para dizer e poucos para nos escutar... feliz natal.
ResponderExcluirCaro Parsifal, obrigado pala aula de teologia, e a correta interpretação do, para mim, o maior dogma da Igreja Católica. É um tema que me fascina, e um dia quem sabe, gostaria de conversar contigo, sobre várias coisas. Que bela homenagem, prestaste a São José, o humilde carpinteiro, o primeiro pai sócio afetivo, que o mundo conheceu, glorificado pelas bençãos de Deus. Um Feliz Natal à todos.
ResponderExcluirAdorei. Nunca tinha entendido o Natal assim.
ResponderExcluirLindo! Só posso dizer isso e isso é tudo!
ResponderExcluirFeliz Natal!
Obrigada. O meu Natal ficou mais lindo. Feliz Natal pra vocês!
ResponderExcluirFeliz Natal a todos(as)
ResponderExcluirObrigado pela aula gratuita.
Espetacular postagem Excelência!
ResponderExcluirBoas Festas!
Obrigado. Um ótimo 2015.
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