Auditoria da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, com sede na Suíça, comprovou que a Cruz Vermelha Brasileira “desviou dinheiro arrecadado em campanhas humanitárias para socorrer vítimas de conflitos na Somália, do tsunami no Japão e das enchentes na região serrana do Rio.”
Os valores, que somam R$ 2,335 milhões, teriam sido desviados parte através da ONG “Instituto Humanus”, com sede em São Luís (MA), registrada em nome de Alzira Quirino da Silva, que vem a ser mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha à época, Anderson Choucino”, e parte através de fundos de aplicação.
A auditoria revela que a Cruz Vermelha no Brasil acabou por se quedar aos vícios da corrupção e do nepotismo local: os recursos recebidos, geralmente do erário e de doações internacionais, seriam manipulados por uma cadeia de ONGs dirigidas por parentes de dirigentes do ramo da instituição no Brasil.
A responsável pela movimentação financeira da filial do Maranhão, por exemplo, à época em que a auditoria localizou os desvios, era Carmen Serra, irmã de Walmir Serra Jr., então presidente da Cruz Vermelha nacional durante o período auditado.
Disse Joel Birman que “a corrupção é um crime sem rosto”, do que eu discordo: ela tem as mais diversas faces, e certo mesmo estava Voltaire, quando asseverou que “quando se trata de dinheiro, todos têm a mesma religião”.
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