Matéria de Natuza Nery, na Folha de S. Paulo, relata que Guido Mantega, desde a quinta-feira (27), passou a ser o mais longevo ministro da Fazenda da era democrática nacional: 8 anos ininterruptos no cargo.
Nomeado por Lula em 2006, para substituir Antonio Palocci, que foi a pique no famoso “caso Francenildo”, Mantega foi mantido por Lula em seu segundo mandato, quando segurou as pontas na crise econômica que assolou o mundo em 2008, que por aqui, segundo o Lula, não passou de uma “marolinha”.
Em 2010, lembra Natuza, foi o ápice do ministro: o Brasil cresceu 7,5%, e o então presidente Lula aconselhou a sua sucessora já eleita, Dilma Rousseff, a manter Guido.
A partir do segundo ano de Dilma, Mantega começou a azedar. Os baixos índices de crescimento, aliados a uma política de varejo, fez com que os barões das finanças nacionais começassem a patrocinar matérias internacionais depreciativas sobre o seu desempenho, tentando desestabiliza-lo.
No final de 2012, a imprensa nacional aliou-se à internacional na mais afoita investida rumo ao pescoço de Mantega, culpando-o pela maquilagem das contas públicas, com o que chamaram de "contabilidade criativa", mas a cabeça do ministro lhe continuou sobre o pescoço por um fato relevante: a contabilidade criativa foi combinada com o Planalto.
O certo é que mais aos trancos do que aos barrancos, Mantega rompeu a marca dos 8 anos no Ministério da Fazenda, mas sabe que dificilmente continuará em um suposto segundo mandato de Dilma Rousseff, por isso, já se prepara para voltar as suas aulas na Fundação Getúlio Vargas a partir de 2015.
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