A ceifadora de gentes resolveu tomar conta do blog nesse final de semana, pois, ainda velando Paulinho Tapajós, recebi, de um amigo que cultuava comigo a efervescência do rock dos anos 80, a mensagem de que o portal da “Rolling Stone” anunciou a morte, hoje (27), aos 71 anos, do compositor e guitarrista Lou Reed, um dos originais escultores do rock na segunda metade dos 60.
Reed foi um dos pais do rock alternativo, para mim uma espécie de punk rock, que ele começou a espalhar pelas esquinas do Brooklyn, em Nova York, onde nasceu.
Alguns afirmam que ele só americanizou as batidas que a Europa arranjou no final da década de 60, mas mesmo que assim fosse, Reed teve o mérito de dar paladar àquele barulho do avantgarde que mais tarde acabou por se tornar no Heavy Metal, cujo espécie eu não aprecio no rock.
Embora haja controvérsias - eu sou apenas um apreciador e curioso da literatura referente -, Reed foi o precursor do rock progressivo no continente americano e foi dele uma das principais influências recebidas por Renato Russo, na composição nacional desta espécie, do qual “Faroeste Caboclo” foi a apoteose.
> Velvet Underground
A “Velvet Underground”, banda surgida no final dos anos 60, da qual Reed era o vocal e guitarrista, foi responsável pela mais ilustrada viagem entre os diversos gêneros do rock medievo, desde que surgiu nos anos 50, como uma espécie de fusão, com personalidade própria, das dezenas de gêneros musicais que brotaram nos EUA duas décadas antes.
Foi na “Velvet” que surgiu aquela marca registrada, que ainda se usa em alguns clips, de projetar filmes no corpo dos artistas enquanto eles se apresentam. Segundo Reed, quem inventou isso foi um fã incondicional da banda, um dos maiores artistas pop da história, Andy Warhol.
Eu achava que aquele era o motivo do Velvet só usar preto nas apresentações, até que li uma entrevista do próprio Reed que eles só usavam preto mesmo, e foi exatamente isso que propiciou a Andy Warhol fazer as suas projeções nos artistas.
Abaixo, um dos maiores sucessos de rock progressivo de Lou Reed, “Romeo had Juliette”. A música está para os EUA como “Eduardo e Mônica”, de Renato Russo, está para o Brasil. Observe o choro da guitarra de Reed no primeiro entreato: rock puro e essencial.
Viva Lou Reed!
Só mesmo um brasileiro diria uma asneira estúpida e desprezível desse tamanho:
ResponderExcluirTentar igualar o diamante do rock Lou Reed com a bosta do chororô RR.
Tentar igualar o melhor poeta do mundo com o pior letrista do universo.
Tentar igualar o Pai dos Punks com o Pai dos covardes, medíocres e acomodados.
Frase mais famosa de seu renato: "Filiem-se a um partido."
Se você dissesse que Lou Reed era o Marcelo Nova americano aí sim faria sentido.
Cara, você precisa urgentemente de um tratamento de eletrochoque na cabeça, só pra ver se teu cérebro pega no tranco.
Pois é, eu sou brasileiro, ouvi o Renato Russo e me filiei a um partido. E adoro ouvir o Lou Reed cantando rock progressivo.
ExcluirAs suas comparações, como você faz questão de mostrar, não coincidem com as minhas. Fique com elas. Eu mantenho as minhas.
A propósito, você deveria tentar transformar o seu comentário em um punk rock: acho que ficaria ótimo.
...e todo mundo sabe que Lou Reed era o Pai do Punk Rock --- o exato oposto do progressivo.
ResponderExcluirNão creio que Reed tenha sido "o pai" do Punk Rock: ele foi um dos que tornaram a espécie um movimento, pois o punk rock, muito mais que uma espécie de rock, foi um movimento cultural, ou contra-cultural como querem alguns. Também não leio o punk rock como o oposto do rock progressivo. As bandas que cultivaram o punk rock, na verdade, queriam oferecer uma opção ao progressivo e isso foi entendido como uma oposição ao ritmo. Mas isso é discussão para muitas noites.
Excluir