Foi lançado o primeiro livro de uma sobrevivente do 11.09, quando Bin Laden protagonizou a maior tragédia terrorista sofrida pelos EUA.
“Angel in the Rubble” (Anjo nos escombros) foi escrito por Genelle Guzman-McMillian, a última das 19 vítimas resgatadas com vida dos escombros do WTC.
> Em 11.09.2001
Eu despachava na prefeitura de Tucuruí, em 11.09, quando, alertado por um secretário, comecei a acompanhar o episódio.
Ao choque do segundo avião tive a certeza de que não se tratava de um acidente, o que se confirmou quando uma terceira aeronave investiu contra o Pentágono e a quarta espatifou-se em um campo da Pensilvânia.
O ataque ao WTC foi o episódio terrorista mais documentado do mundo, mas a imprensa norte-americana filtrou a maior parte das imagens, para não expor cenas fortes.
> O homem que cai
Uma das mais icônicas fotografias foi tomada por Richard Drew, que apanhou um solitário saltador em um resignado voo para a morte.
> Paul
Voltando ao livro, Genelle estava em sua escrivaninha no 69º andar quando ouviu uma explosão e sentiu um tremor. Ao ver um movimento não usual nos corredores foi à janela e viu uma densa poeira cercando o prédio. Somente quando ligou a TV e viu a torre onde estava, em chamas, começou a descer as escadas com um grupo de pessoas.
Na altura do 13º andar, quando Genelle se apoiou a uma amiga para tirar os sapatos, ouviu um estrondo: era a torre implodindo sobre ela.
Genelle não conseguia se mover: a cabeça estava presa entre dois blocos de concreto e as pernas imobilizadas por vergalhões. A fina poeira do concreto e do gesso a cegaram. Mexia, com limitação, apenas a mão esquerda.
Depois de mais de 26 horas soterrada e já resignada, Genelle sentiu uma mão apertar a sua: “vai ficar tudo bem, o resgate está vindo. Meu nome é Paul”.
Os resgatistas Brian e Rick viram que Trakr, um cão treinado para farejar escombros, apontava um amontoado de concreto e ferro retorcido e chamaram a equipe de remoção, que localizou Genelle.
Na ambulância, Genelle perguntou por Paul, pois queria agradecer-lhe. Entre os bombeiros, resgatistas e todo o pessoal listado no apoio da operação, não havia um só Paul ou quem lhe tivesse segurado a mão.
Genelle afirma que estava consciente (a equipe de paramédicos constatou isso no protocolo) e que alguém lhe segurou a mão, disse-lhe que o resgate estava a caminho e identificou-se como Paul.
Para ela foi o seu anjo que apareceu para conforta-la, para os incrédulos tudo não passou de alucinação, devido ao seu estado que já beirava à inanição.
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