Pular para o conteúdo principal

Eike confessa que não tem como entregar o tanto que vendeu

shot016

As empresas de Eike Batista, listado pela Forbes no início do ano como a 7ª fortuna do mundo, acumularam perdas de R$ 18 bilhões no decorrer do semestre e agora, coitado, ele é apenas o 14º homem mais rico do planeta.

> Muito menos do que o prometido

A instabilidade das bolsas em todo o mundo pressionaram as ações das “X” de Batista. Isso seria uma eventualidade conjuntural se não fosse uma variável de peso específico local: Eike confessou, ontem (27) que  as estimativas de produção de petróleo nos poços de Tubarão Azul estão muito aquém do esperado e essa seria a primeira produção em escala da OGX, a joia da coroa das “X”.

Isso foi uma ducha de água fria nas ações das “X”, que despencaram vertiginosos 27%, ameaçando uma bancarrota fiduciária se os investidores desconfiarem que compraram vento.

> Readequando variáveis

Como as empresas que Eike erigiu ainda estão em fase de pré-operação, uma fuga de investidores pode fazer ruir as estruturas que ele operou e alguém vai ficar com um enorme pincel na mão, sem ranhuras na parede para tentar segurar a queda.

Provavelmente uma equação de saída programada esteja em andamento (observo vendas de percentuais das “X” por valores abaixo do que indicaria a expectativa de retorno que elas embarcavam), pois tem muito dinheiro em jogo para alguém decidir que é melhor parar.

Espero que a conta, se vier, não seja debitada no bolso de cada contribuinte, afinal, nós nunca andamos em nenhum dos jatos daquela coleção.

Comentários

  1. Em parceria com seu pai ficou rico obtendo informações estratégicas da Vale do Rio Doce quando estatatal, depois de privatizada, lavou a burra.

    ResponderExcluir
  2. Correção: é o 21º. Ainda assim, coitado!

    ResponderExcluir
  3. Célio Ramos29/06/2012, 21:50

    Deputado,se o senhor chegar ao décimo,ou vigésimo,dar para "arranjar" um empreguinho pra mim? kkkkk,abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se você der um jeito de eu ser o centésimo o seu emprego sai.

      Excluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.