Estudos divulgados na terça-feira (27) pela conferência “Planet Under Pressure” (O planeta sobre pressão), em Londres, apontam que no ano 2050 a Terra terá 9 bilhões de habitantes, dos quais 6,3 bilhões estarão em grandes cidades.
> Cidades não resistirão à expansão com o atual padrão urbano
Os atuais padrões de ocupação urbana não suportam maior pressão populacional e os derivados que essa ocupação leva consigo.
Prosseguir com este padrão chegará a um custo de manutenção tão alto para as municipalidades que elas, antes de se inviabilizarem urbanisticamente, sofrerão colapso financeiro.
> Não é possível deter concentração urbana
Não creio que seja possível conter a marcha dos mega aglomerados urbanos: a concentração populacional é uma realidade da qual não podemos fugir. A questão que deve ser respondida, e efetivada, é como fazer isto de forma sustentável.
A cidade de São Paulo, por exemplo, não mais tem água a captar em um raio de 70 quilômetros e a demanda vegetativa obriga-a busca-la além deste raio em fontes que estão, em média, 300 metros abaixo do seu nível, exigindo elevação forçada nas adutoras, o que demandará maiores custos com energia.
> Colapso contábil
Chegará um momento em que o custo de entrega dos serviços públicos ultrapassará a capacidade de pagamento do usuário, colocando o sistema em colapso.
O rico estado da Califórnia, nos EUA, viveu isto há 4 anos com o fornecimento de energia elétrica, o que a fez iniciar a mudança da matriz energética para a energia solar, bancada por um déficit que até hoje perdura.
> Cidades são organismo vivos
Precisamos entender que as cidades são organismos vivos (moramos nelas afinal) e se não conseguirmos soluções que as permitam respirar, sufocaremos com elas.
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