Matéria da jornalista Edna Simão para o “Estado de São Paulo” reporta que o Brasil tem uma média de 13% de toda a energia elétrica que produz, furtada por ligações clandestinas.
São os famosos “gatos”, que causam um prejuízo aproximado de R$ 7 bilhões ao ano. É como se, em um ano, fosse roubada uma hidrelétrica do porte da Usina de Tucuruí: um prejuízo considerável em qualquer economia do planeta.
E sabe quem paga esta diferença? Nós, que pagamos as nossas contas de consumo de energia, pois a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) faz o cálculo da tarifa considerando a compensação pela perda do que sai da geração e o que é, efetivamente faturado.
O Estado recordista em “gatos” é o Amazonas, onde 30% da energia do sistema é furtada. O Pará amarga o quarto lugar, com 17,2% da energia distribuída furtada.
Veja, abaixo a lista, em ordem decrescente, dos percentuais de energia furtada nos estados:
A tabela acima foi compilada dos dados de 2010. Embora haja um implemento na fiscalização, a ANEEL estima que os valores de 2011 não revelarão diferenças consideráveis.
Veja abaixo os percentuais de perda total (furto mais perda na transmissão) de energia elétrica em 16 países do mundo:
Se colocarmos o furto de água, a sonegação fiscal, o desperdício de dinheiro público (má gestão) e a corrupção nesta conta, concluiremos que, além do problema não se localizar exclusivamente nos políticos (eles são apenas a desculpa de todos os males), o Brasil joga no esgoto aproximados R$ 30 bilhões por ano, que são colhidos, do outro lado do tubo, por todos aqueles que alimentam a vazão da compostagem, desde o que dá propina ao guarda, passando pelos gatos, sonegadores, corruptos e corruptores.
Mas, eu ainda acho que o Brasil tem jeito.
Este post é muito bom, porque esclarece que todos "Nós" temos algo a esconder e não só alguns de "Nós" tem que mudar algumas de suas atitudes.
ResponderExcluirPois somos ou não somos uma sociedade, um coletivo? ou seja interdependentes.
So vai acabar com este furto de energia quando nós consumidores deixarmos de pagar por estes roubos. As empresas sabem onde estão estes roubos, a policia tambem sabe e o que falta para dar um basta nisto?
ResponderExcluirForneço sem receber e cobro sem entregar!
ResponderExcluirRealmente isso de energia ser usada sem pagamento existe porem o contrario também é verdadeiro!
Com uma desculpa fajuta o medidor de consumo saiu do imóvel e passou para o poste, eu pergunto, meu consumo ou o de alguém começa no poste?
Nova pergunta, existe perda no espaço entre o medidor e onde começa o consumo?
Outra pergunta é verdade que de grão em grão é que a galinha enche o papo?
Mais uma pergunta, a taxa de iluminação publica realmente reflete o consumo?
Ultima pergunta, porque honestidade não começa pela concessionária?
Agora uma resposta para quem vai pedir em seu nome uma religação de energia causada pelo corte em nome de outro usuário, iram te cobrar a conta velha para que seja religada a luz, NÃO PAGUE, peça que lhe respondam por escrito que só ligaram se você quitar o debito que não é seu, depois apenas lembre ao atendente que “Debito de serviço não se transfere”
MCB
Olá MCB,
ExcluirEsta é a questão que precisa ser respondida pelo Brasil, e, dependendo da resposta, romperemos ou não o degrau que nos falta para amadurecer a democracia: é possível "começar por alguém"? Ou nos quedaremos àquela máxima do Ponte Preta, "ou instauremos a moralidade ou nos locupletemos todos".
Não creio que possa haver uma República respeitável sem uma nação que se dê o devido respeito.
Hoje é quinta feira e nada do Blog publicar sobre aquele Deputado que quer o DETRAN e Secretaria da Fazenda para votar com o Governo. Voce prometeu que após o Carnaval postava sobre este assunto, o carnaval já passou e nada!
ResponderExcluirCreio que há um equívoco de deputado. Uma pastagem sobre o episódio Carmona foi feita no início da semana passada. Para depois do carnaval seria postado sobre o episódio com o deputado pastor Divino.
ExcluirEm tempo: o deputado Carmona jamais pediu a SEFA para o governo. Sua reivindicação limitou -se ao DETRAN, que, segundo ele, foi -lhe prometido pelo governador.
ExcluirParsifal, voce tem razão, dou a mão a palmatória, confundi "alhos com bugalhos", mas estou interessado em saber quando voce for postar sobre o Deputado Pastor Divino, qual é o carro dele que tem tanque com capacidade de 400 litros de gasolina? Isto não é carro, isto é avião! Por outro lado va lá que seja, querer o Detran de porteira fechada por um voto? Não foi preciso dar nenhuma repartição aos Deputados do PT para que eles votassem com o Governo recentemente.
ResponderExcluirÉ por isto e outras coisinhas que estamos na situação que estamos. Ninguem é nomeado por conhecimento, eficiencia e etc, todas nomeações politicas e isto não é previlégio nosso, é de todo país. Por isto que os serviços publicos estão onde estão.
ResponderExcluirO Pastor Divino é aquele que segundo o Jornal O Liberal paga sua empregada doméstica com verba da ALEPA alem de outras coisinhas mais?
ResponderExcluirParsifal;
ResponderExcluirA energia elétrica é um pulso que se desloca lá do gerador da hidrelétrica de Tucuruí e segue um caminho pelo qual se perde na resistência das linhas de transmissão, na transformação de carga, na geração de calor e outros efeitos físicos dos seus consumidores. é uma questão de momento: ou dá ou não dá.
Cobrar pelo consumo de energia elétrica é estabelecer uma limitação ao seu uso, apenas isto. Com isto os assinantes mais economicamente ativos e as forças produtivas conseguem ter mais disponibilidade de uso e menor custo, principalmente com a instalação de subestações privadas. Em nosso estado, esta disponibilidade de "estar plugado" sofre ainda uma esmagadora concorrência com os outros linhões que também abastecem de energia parte do nordeste e os que puxam enormes quantidades de energia para as duas plantas eletro-intensivas de produção de alumínio.
Como se vê, o enorme impacto ambiental causado ao Pará para formar um grande lago mantenedor do fluxo d'água que movimenta as turbinas, e que nesta terra abençoada não corre o risco de secar por falta de chuva, decididamente não tem uma finalidade social. Aos pobres resta a condenação por enfileirarem seus "gatos" nos postes que margeiam ruas mal cuidadas, mal iluminadas, com baixíssimos níveis de saneamento.
Os culpados são sempre os mais fracos.
O seu diagnóstico está correto, todavia, qual o remédio para isto? É possível prover a qualidade de vida que nos foi imposta pela história sem a eletricidade? Qual a alternativa que temos à atual matriz? Em se mudando a matriz energética mudaríamos o sistema? Não creio, pois em toda modificação na qual o ser humano é o sujeito ativo, haverá passivos correspondentes.
ExcluirPermita-me, ainda, ao final, sugerir que a postagem não tem o cunho de abordar a eterna querela entre fortes e fracos, pois, todos os regimes que tentaram destituir tal incongruência, faliram.
Creio que a maneira menos inviável de mitigarmos isto é termos uma República na qual, ambos, fortes e fracos, devam ser alcançados, da mesma forma, pelo império da lei.
A concessionária de energia, que entrega a eletricidade fora dos padrões deve ser punida da mesma forma, guardadas as proporções de tratar os desiguais de forma desigual, que aquele que engata um “gato” no sistema.
Só seremos uma democracia madura quando atingirmos este patamar.
Parsifal;
ExcluirNão sou comunista. Exemplos de distribuição mais justa de energia e recursos naturais costumo buscar entre as nações mais capitalistas do mundo. Nestas a energia é mais barata e acessível aos que têm menor renda, até porque lá existe inverno e nevascas, que matam quem não dispuser de aquecimento. Mas neste país tropical as autoridades e os grandes empresários se permitem doutrinar sobre a questão da "marginalização do consumo de energia".
Soluções para a geração de energia menos poluidora e de baixo custo estão sendo desenvolvidas no mundo inteiro, e poderiam sim constar dos objetivos dos órgãos de desenvolvimento regional, muito ocupados em projetos captadores de dinheiro através de falcatruas políticas. Acontece que os pequenos projetos não passam nos grandes lobbies do congresso nacional.
Eu não imaginei que o fosse e não haveria problema algum em sendo, até mesmo porque a questão que você aborda está sem solução tanto por comunistas quanto por capitalistas: é um problema do ser humano.
ExcluirConcordo com você quanto às energias alternativas e à pressão das grandes empresas por manter a matriz energética nacional, sem solução locais que fossem menos caras.
Ao invés de propiciar soluções alternativas locais, de fato, os senhores da eletricidade preferiram "inventar" a tarifa social, como forma de bondade aos menos providos.
Mas, insisto, a mudança da matriz não resolveria a questão social abordada. Para que isto se encaminhe, é necessário um pacto entre a nação e a República, que afaste os "ocupados em projetos captadores de dinheiro através de falcatruas políticas".
Deputado, como é que fica a energia consumida pela vila permanente da Eletronorte, foi subsidiada para a construção da obra! A obra já acabou faz tempo, como fica essa conta para cidadãos comum, visto que os moradores da vila na sua maioria não são funcionário da empresa, mas sim civis, militar, juízes, promotor, madeireiro, políticos, ou seja, tudo gente que goza de um gordo salário, e não paga energia nem água, e o povo mais pobre paga a energia mais cara do Brasil.
ResponderExcluirDr. quem tem obrigações de contestar essa “garfia” ou garfada?? Ate quando a Eletronorte vai fica sobrepondo e impondo nas políticas públicas da região do lago?
Quando é que super senador “faz tudo” vai ganhar esse espaço territorial e mandar o Palocci cuidar da coleta seletiva de caixa nas empresas dos consórcios e empreiteiras hidrelétricas! Lá no rio cara de pau!
E ai Dr. qual os desfeche desses embrolios!
ResponderExcluirLadrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
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