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Quem não foi a festa não paga a conta

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O vaticínio de Roubini foi cometido em Davos, onde o Brasil perdeu uma ótima oportunidade de se consolidar como um contraponto aos solavancos do euro: tivemos uma presença pífia no convescote.

Quem roubou a festa foi a China, que mandou uma equipe afinadíssima e preparada para dizer aos players mundiais que eles estão no jogo e não pretendem passar a bola.

Roubini está correto na sua afirmação, porém, o nó górdio da sentença é que as “grandes mudanças” reclamadas pela zona do euro envolvem a liquidação de uma promissória que não foi avalizada pelo resto do mundo, quando países diversos embarcaram na aventura monetária da moeda única para economias com perfis substancialmente diferentes.

O resultado foi que a base monetária única puxou a média da saúde financeira do Euro para baixo, levando os primos pobres da zona a descarregar o próprio encilhamento nos ricos.

Quando os ricos, diante da iminência de contaminação, pararam de aceitar os saques a descoberto, chegou a bancarrota que, segundo o FMI, se resolveria com qualquer coisa parecida com US$ 500 bilhões.

Esta é a soma (eu acho que é o dobro) que os euro economistas passaram de cheques sem fundo para financiar o sonho da moeda única que acabou virando um pesadelo.

A Alemanha, que tem disciplina fiscal espartana, não quer, e nem deve, coçar o bolso para resgatar a farra da qual ela não participou e não é provável que Madame Lagarde, a diretora-gerente do FMI, que andou rodando a bolsa em Davos em busca dos bilhões necessários, arrume algum país que lhe queira aceitar os beijos: há carinhos menos caros nestes tempos de crise.

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Continuo achando, cá com meus parcos botões, que a solução menos cara seria reconhecer que o euro foi bom enquanto durou: sem a fleuma a conta sai pela metade, ou que se virem no velho mundo para acalentar mateus, já que o pariram.

Comentários

  1. SUGADOURO DE DINHEIRO PÚBLICO

    Prefeito de Canaã dos Carajás Anuar Alves e os sugadores do dinheiro público tentão mais uma vez ludibriar a população. O Executivo enviou um projeto que tramita na Câmara Municipal, solicitando autorização para a prefeitura municipal adquirir empréstimo de R$ 70 milhões, compremetendo a receita por 8 anos.Em 2010 esse mesmo grupo sumiram com R$ 25 milhões aprovado pela Câmara nesta mesma jogada.
    Onde esta a PF e o Ministério Público?

    Joatan Carvalho

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  2. Discordo, deputado. A única possibilidade de tornar a Europa relevante é a manutenção do euro. E talvez a exclusão dos países que se recusam a praticar a responsabilidade fiscal, como a Grécia.

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    1. A Europa sempre foi relevante e sempre será, enquanto bloco político-econômico-financeiro. Todavia, mostrou-se de paridade monetária insegura: a crise é da paridade do euro.
      Se eles querem pagar a conta pela segurança da moeda única que assumam as diferenças e elevem o patamar dos países que não aguentaram a paridade (a França inclusive), mas, tentar convencer o FMI a buscar na economia global o preço da arquitetura mal alicerçada do bloco, não terá eco.
      A própria Alemanha não encontra suporte interno para tal liquidação, e a Inglaterra, que não aderiu ao euro e continua firme e forte com a sua libra, também está se fazendo de desentendida na história.
      Se os países em dificuldades de desconto (não têm mais lastro) deixarem o euro, a moeda derrete, daí porque o bloco resiste a liberá-los. Que então o próprio bloco pague a fatura.

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  3. ARMAÇÃO - O João Marques comentou no Programa Tucuruí Agora, que o Dep. Parsifal teria conversado com o Deley sobre uma possível coligação do PMDB com o Sancler. Na verdade a conversa que o Deley teve com o Deputado foi sobre o patrocínio do Banpará ao Independente, o resto é só armação do Pinocler contra o Gualberto, não existe a menor possibilidade de que esta coligação aconteça.
    “A te onde esse comentaria e verdade dep. Parsifal ? Quem e aqui em Tucuruí seu pré-candidato a prefeito” teve esse conversa com o ex dep. Deley

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  4. Em Tucuruí, quem fala pelo PMDB é o presidente do Diretório Municipal do partido.

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  5. só queria saber sua opinião vs. excelência realmente peça ou vc n ser interessa para politica de Tucurui

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    Respostas
    1. Eu me interesso pela política de todo o Pará, principalmente com o lugar do PMDB na política, mas, desejo que o partido tenha autonomia e que os diretórios municipais não sejam simplesmente recebedores de ordens da capital. O PMDB, em Tucuruí, tem um diretório legalmente constituído e precisa tomar suas própria decisões. Eu aconselho e discuto as questões, dou minha opinião, mas, a decisão precisa ser do órgão municipal, pois a política é municipal.

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