Oposição e base aliada do governo federal teceram críticas à participação do BNDES na possível fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour.
Para rebater as críticas a senadora Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil, declarou que "não há recurso público" do BNDES na fusão, esclarecendo que os quase R$ 4 bilhões a serem aportados pelo BNDES se trata de uma “uma ação de mercado da BNDESPar, braço de participações do banco em empresas privadas.”. A ministra afirmou que este tipo de operação “não passa pelo crivo do governo.”.
A ministra foi vítima de um sofisma de quem lhe ensaiou a fala: o dinheiro é público, a BNDESpar é controlada pelo BNDES que é controlado pelo governo.
Aliás, governos controlam tudo o que lhes for conveniente. Exemplo disto foi a operação montada pelo Planalto para degolar Roger Agnelli da Vale, em cujo conselho, de forma linear, a União não tem maioria.
E onde está a demonstração do que eu afirmo sobre o BNDES controlar a BNDESpar? Nos artigos 7º, 8 º e 9 º do estatuto deste, que abaixo colo:
A leitura dos artigos grita que o BNDES é o único proprietário da BNDESpar. (Clique sobre a colagem para ler o estatuto completo)
Seria impossível um aporte de R$ 4 bilhões em uma fusão que movimenta a atenção de dois países (França e Brasil) e que, se efetivada, passará a deter 30% do varejo nacional, sem que o BNDES, que é dono da BNDESpar, não tivesse a aquiescência do governo, que, a grosso dito, é seu dono.
Não se discute aqui se o negócio é bom, ou não para a BNDESpar: é um ótimo negócio para todos os diretamente envolvidos na operação e não há irregularidade alguma nisto.
O que o governo não discutiu é se o negócio é bom para quem vai fazer supermercado.
Sei que não tem nada a ver com a postagem, mas permita-me extravasar!
ResponderExcluirIsto é Tucuruí...
Sou radicalmente favorável às reivindicações estudantis, mas é necessário analisar a que ponto está chegando a vergonhosa Câmara Municipal de Tucuruí nesta descabida e descarada demonstração de subserviência ao prefeito municipal, numa infame afronta ao principio constitucional de independência dos poderes!
Foi noticiado pelo PIG que após uma reunião com um grupo de estudantes, presentes os vereadores Zé Gomes, Max, Tabaco e ainda o Ademildo da CMT, o prefeito Sancler convocou uma Sessão Extraordinária para esta sexta-feira na qual os vereadores deverão revogar a lei que aumentou o valor da passagem de ônibus em Tucuruí.
“A Câmara irá revogar a lei a mando do prefeito porque assim se comprometeu com os estudantes,” disse o vereador Max Cardoso por telefone no PIG, desrespeitando o legislativo, antecipando-se e determinando claramente os votos dos outros nove vereadores.
Júnior Souto, representante da PMT, falou no PIG que a manifestação é justa, sobretudo analisando a situação dos estudantes que se deslocam todos os dias para a Vila, esquecendo propositalmente que foi o próprio prefeito Sancler que mandou aumentar o preço.
Entenda a história – No ano passado o prefeito Sancler, enviou projeto de lei propondo aumento do valor da passagem de ônibus em Tucuruí, que após aprovada por unanimidade, quer dizer, aprovada por todos os vereadores sem exceção, foi sancionada pelo prefeito, virando a lei municipal que está em vigor.
Agora, que o prefeito está com o dele na reta em virtude do processo de improbidade administrativa que contra ele está em andamento e pressionado por um grupo de estudantes, o prefeito convoca a Câmara Municipal extraordinariamente para revogar a referida lei, anteriormente aprovada por unanimidade pelos vereadores!
Será que todos os vereadores vão agir como pau mandado do Sancler e dar o vexame de votar contra seus próprios votos, humilhando e rebaixando ainda mais a instituição Câmara Municipal só para salvar o rabo do prefeito, que foi o autor do projeto de lei que dava o aumento das passagens que agora pretende revogar, pensando em se dar bem politicamente à custa de mais uma vergonha para os vereadores?
Como vão agir todos os vereadores que votaram a favor da lei? Como vão agir os vereadores da oposição que votaram a favor da lei?
Mas é claro que já sabemos a resposta, pois vergonha parece não fazer parte do caráter da maioria destes vereadores!