O governo federal, na sua primeira grande prova de fogo na Câmara Federal saiu queimado, ao perder duas vezes em uma só noite.
A primeira derrota foi a própria aprovação do Código Florestal, relatado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que continha pontos contrários à orientação conceitual do governo quando à política florestal.
A segunda derrota, mais significativa, foi a aprovação de uma emenda, encampada pelo PMDB, que tira do governo federal a exclusividade de regulamentar o uso de Áreas de Preservação Permanente, as APPs.
Dentre outros efeitos danosos à política florestal do governo federal, esta emenda também anistia desmatadores que passaram a motosserra na floresta até junho de 2008. E vai ter alguém dizendo que desmatou depois disto?
Esta segunda derrota pesa mais ao Planalto pois é considerada um completa inobservância a um apelo pessoal da presidente Dilma: o próprio líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), assomou à tribuna e declarou que falava em nome da presidente ao afirmar que ela considerava a emenda “uma vergonha para o Brasil.”.
Vaccarezza foi inábil na abordagem: em uma base aliada completamente estressada e com os circuitos sem fita isolante, ele descarregou mais voltagem do que aguentaria a fiação.
Mas, a guerra não está perdida. A matéria aprovada na Câmara segue para o Senado, onde o governo poderá aprovar as modificações desejadas, ajustando o Código as suas definições. Caso o Senado modifique algo o projeto retorna à Câmara para nova apreciação e o governo já terá tido tempo para rearticular a base.
Se, ao final, tudo der errado, ainda resta o veto presidencial, que Dilma já se adiantou em anunciar sobre as partes do texto que o governo discorda e derrubar vetos é mais difícil que aprovar emendas.
Na minha opinião isso tá longe de ser apenas governo e oposição, isso tá mais grileiros e fazendeiros contra ambientalistas.
ResponderExcluirOlha que aconteceu:
http://www.cartacapital.com.br/politica/%E2%80%9Cfoi-grotesco%E2%80%9D-diz-deputado-vaiado-ao-citar-na-camara-o-assassinato-de-ambientalistas
Deus o livre....
Vergonha de ser paraense é normal, mas saber que essa qualidade de pessoas nos representa no congresso é mt pior.. ainda bem que o Deputado em que votei votou contra, senão, ja teria um voto a menos na proxima.
Não é o Governo quem está perdendo e sim o Brasil e o mundo com a institucionalização das derrubadas.
ResponderExcluirA lógica e os verdadeiros interesses nacionais estão perdendo para a ambição desmedida em que criminosos destroem a nossa própria casa. Como sempre é o dinheiro acima da lógica e dos interesses da humanidade. Isso é muito triste. Ainda bem que não me resta muito tempo neste planeta, só lamento pelos meus filhos e netos.
Infelizmente a "humanidade" uma espécie suicida.
Parace que o PMDB deu uma demonstração de força nessa votação.Parece tembám, que esse recado é no sentido de forçar a presidenta nomear o segundo escalão com os nomes que o PMDB indica.É a velha estratégia desse nefasto partido: ou dá ou dece.
ResponderExcluir"descarregou mais voltagem do que aguentaria a fiação", genial!
ResponderExcluirDe qualquer modo, é bom o Congresso Nacional mostrar que é um poder da República autônomo e independente. Como dizia minha mãe, quem muito se abaixa o fundo lhe aparece...
ResponderExcluirE, cá entre nós, já está na hora de Dona Dilma curar-se de vez dessa pneumonia crônica e vir a público explicar as posições do governo nesta e em outras questões.
E as consequências desses interesses?
ResponderExcluir-Coitado do neto, do meu neto!
(ta5)
"Vergonha de ser Paraense'não pode ser normal, aqui as pessoas comuns são hospitaleiras e generosas, tão generosas que entregam suas riquezas naturais, e aqui nada fica, só os desertos e buracos, chega de generosidade com o que pertence aos habitantes deste Pará tão rico, ainda há tempo para não ser tão generoso e se tornar pobre
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