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Administrando a crise

admO gabinete presidencial, irritado com a administração da crise gerada pela revelação do irregular crescimento patrimonial do ministro Palocci, e vendo que a imprensa solta bombas de percussão durante o processo, chamou a cavalaria.

A presidente incumbiu o ex-ministro da Comunicação Institucional do governo Lula, Franklin Martins, de abrir a caixa de ferramentas para blindar Palocci do ponto de vista publicitário.

Franklin Martins acha que a imprensa está de posse de todas as consultorias recebidas por Palocci e quem as pagou. A “Folha” já deu uma amostra grátis do que tem, ao revelar que o grupo WTorre, uma das empresas no portfolio da Projeto, fechou negócios avaliados em R$ 1,3 bilhão com fundos de pensão e com a Petrobrás, depois de receber consultorias do ministro.

A tática do governo é tratar o caso a nível institucional e fazer todos os esforços para não permitir que a oposição consiga leva-lo à investigação política.

O oposição se arregimenta, na Câmara e no Senado, para tentar sangrar Palocci através da instalação de uma CPI mista, mas, dificilmente conseguirá o intento, pois não tem número suficiente para tal, a não ser que governistas assinem o pedido, o que tem possiblidade remota. 

Com Palocci na eventualidade de se tornar um “pato manco”, sobe a cotação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) que, juntamente com o ministro vinha fazendo a interlocução da presidente Dilma com o parlamento.

Temer foi um dos primeiros a sair em defesa de Palocci e não tem medido esforços para apaziguar a ânsia dos governistas insatisfeitos, que nas alcovas turbinam a oposição, para que não entrem na pauta da “Folha de S. Paulo”.

Todavia, quando políticos são fotografados em trajes menores qualquer tentativa de lhes emprestar calças é vista pela opinião pública como conivência com corrupção, e basta a imprensa publicar a mesma foto, todos os dias, com outro ângulo, que a imagem é tratada como notícia nova que realimenta o clamor.

Vejamos como se vira o governo para debelar a sua primeira crise e como se viram os marqueteiros do governo para tirar Palocci da pauta.

Comentários

  1. Passe o Fal

    O diabo é quem duvida que foi o “Fogo Amigo” que detonou as informações sobre o liquido do lucro de incerto ganho!

    Se você pensar sobre o assunto vera que o PT não estava satisfeito com as distribuições de cargos em todos os escalões bem como também havia um racha no nascimento prematuro de candidaturas , tolos são os que deixam o cavalo passar selado sem montá-lo e o Temer não se enquadra no perfil de andarilho pois sabe que usando o fôlego alheio pode ir mais longe sem se cansar!

    Uma vez visitando uma tribo de índios Canindé nas margens do rio Gurupi assisti uma discussão de dois índios pela posse de um jabuti , um índio falava para o outro que o jabuti era seu e que da próxima vez que ele visse um jabuti sobre uma arvore não mexesse pois alguém o havia colocado lá porque o jabuti jamais subiria só!

    O jabuti é o Palocci e os dois índios são o Lula e o Temer ambos querendo dizer que o jabuti não sobe em arvores porem sem saberem explicar como ele foi parar lá!

    Seja qual for o desfecho os paulistas do PT e PMDB saíram fortalecidos , o PT porque cobrara a defesa com ações internas o que enfraquece Dilma e o PMDB com ações externas que solidificaram a liderança do Temer no partido!

    Porem colocar alguém que queria amordaçar com censura os meios de comunicação para ser interlocutor com os mesmo é dar continuidade no “Fogo Amigo”

    O Palocci que não aprendeu a lição de que ser caseiro é garantia de ganho e saiu de casa atrás do apurado e acabou nesse apuro, mesmo inocente ele ainda é o culpado!

    MCB

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