Absolutamente nada

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Algumas pessoas me têm perguntado o que poderá ocorrer com a saída de Roger Agnelli da Vale. Não tenho dúvida alguma em dar uma resposta franca e, com certeza, correta: absolutamente nada.

Isto não é demérito à Agnelli, um executivo comprovadamente competente e compromissado com a empresa para quem trabalhou por dez anos, mas, ele precisou muito mais da Vale para se projetar como tal do que a Vale dele para ser o que é.

A Vale já era uma empresa lucrativa antes de Agnelli ou de qualquer outro antes dele, e não passou a pontificar geografias minerais só depois de privatizada: ela era um leviatã mesmo quando estatal, e tanto assim era que quando FHC a colocou embaixo do martelo não faltou quem coçasse o bolso (do BNDES) para arremata-la.

O Bradesco, que não mete aresta sem estopa nem em sabão, correu para ficar com a maior parte unitária porque sabia que ela era doce.

Não é possível à Vale não dar seus astronômicos lucros assim como não é possível à Petrobras não bater os píncaros da bolsa. As duas, tanto sejam privadas como estatais, não precisam plantar para colher e o que colhem move o mundo.

Portanto, não há repercussão alguma em mudar o presidente de uma ou outra, no momento em que a maioria dos acionistas assim decidir ( e a União é uma das maiores acionistas da Vale), assim como não vai à bancarrota a GM, a Apple, o Google, a Microsoft, a Nissan, a Esso, os EUA, o Brasil, ou seja lá quem, ou que for, quando mudam de presidente.

Também não será o final dos tempos para Roger Agnelli: a Vale fez por ele mais do que o suficiente para que ele encontre, rápido, um novo emprego.

Aliás, isto se ele quiser ter um novo emprego: quem ocupou, por tanto tempo, a cadeira na qual ele sentou, se pode dar ao luxo de sair de lá para o ócio criativo.

Comentários

  1. Caro deputado o senhor poderia me esclarecer qual o seu real objetivo nessa história da Vale que tentao lhe interessa? estão atrás de uma parcela desse quinhão, o senhor e seu amigo jarde? poís uma pessoa que defende tanto a moralidade não questionar um milímetro se quer a reputação do senhor barbalho é algo contraditório e temerário. quando usa o orgumento que o eleitor o escolheu isso arranha meus ouvidos e brinca com a inteligência de quem a tem.porque o senhor deputado não posta em seu blog por quantas andam as denúncias de desvio do erário público cometido por tão libado amigo? sei que o senhor é bom argumentador, mas um tanto sofista por vezes. não questiono vossa amizade até com fernandinho beira mar se a tivesse, mas com certeza isso não lhe daria o direito moral de o defender. entretanto, caro deputado, qual a diferença entre ambos? o terno? a postura? o local de "trabalho"? os amigos que o cercam?
    um dia verei vossa excelência livre dessa sombra hadiana que lhe furta o brilho alvo que teras, mesmo que a guardiã das portas do hades lhe proporcione tal feito. mais cedo ou mais tarde a justiça divina chega, a galope ou pelas asas de uma arpia, mas vem.
    saudações Parsi.

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  2. Do nada pra lugar nenhum ou daqui pra cá mesmo? rsrsrsrsrsrs. E chamam isso de arte e o seu criador de artista. PQP...

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