Propaganda oficial

ralo

Em 2011, somente a União terá R$ 622 milhões para despender com propaganda: praticamente o mesmo valor - R$ 700 milhões - que a União destinou ao combate às enchentes em todo o Brasil.

Os R$ 700 milhões para combate às enchentes talvez não saiam, mas, os R$ 622 milhões da propaganda estarão gastos antes de findar o ano.

Alegam os defendem do absurdo que os valores reservados à propaganda representam um percentual desprezível da arrecadação: é uma justificativa cínica, em se considerando que o valor absoluto das despesas poderia ser de maior proveito, se investido de forma menos inconsequente.

O Brasil é um dos poucos países, cujos governos, em todas as esferas da federação, fazem despesas com propagandas.

Os gastos com publicidade, que deveriam ser feitos com campanhas educativas ou informações de utilidade pública, tomaram a definição e o conceito de propaganda pura e simples.

A propaganda oficial no Brasil, é a mais acabada forma de transferência de recursos públicos para o privado, sob a proteção de uma legislação leniente e uma fiscalização descuidada.

Em estimativa apressada, o Brasil, através da União, estados, municípios e empresas públicas, torra em propaganda, por ano, algo em torno de cinco bilhões de reais.

É hora de o Brasil traçar uma densa linha que divida a informação, mensagem necessária, emitida à nação pelos governos, da propaganda pública, que há muito se transformou no mais cômodo ralo por onde escoa o erário.

Comentários

  1. ROBERTO REQUIÃO, hoje senador eleito do PARANÁ pelo PMDB, nos oito anos de governo no PARANÁ, nunca pagou qualquer tipo de publicidade nos meios de comunicação, pois, entendia que o dinheiro público deveria ser investido em outras prioridades.
    O resultado disso, é que a imprensa paranaense massacrou o REQUIÃO durante os 8 anos, e o mesmo terminou o governo bem avaliado em 72% de aprovação, e o mesmo foi eleito senador.
    REQUIÃO, sempre diz que tem nojo da imprensa, pois, a mesma só fala bem quando recebe bem.

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  2. Grande, Parsifal!!

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  3. Concordo em gênero, número e grau. É preciso limitar os gastos com a propaganda oficial e, sobretudo, qualificá-la: transformá-la, de fato, em publicidade, em algo educativo, informativo. Um instrumento de transparência e Cidadania.
    Infelizmente, aqui no Pará, tucanos e petistas enveredaram pelo mesmo caminho: gastaram horrores com a simples propaganda do governo, como se esse dinheiro pertencesse aos partidos - e não à sociedade.
    Mais tarde, depois de comer a feijoada bacana que estou preparando (hummmmm) vou puxar um link da sua postagem para o meu blog.
    Um abração (nunca mais, né?)
    Ana Célia Pinheiro

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  4. Olá Ana Célia,

    Estou sempre à mão. Prazer vê-la por aqui. Cuidado com muita feijoada. Depois vais estar cantando aquela música do Caetano: "mexe qualquer coisa dentro doida... Já qualquer coisa doida dentro mexe...

    Abraços.

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