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Guerra ao tráfico

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A imprensa de todo o mundo dá destaque à guerra que a República trava contra as milícias do tráfico no Rio de Janeiro.

Por fim, o Rio de Janeiro compreendeu que a violência na cidade extrapolava os limites locais e rendeu-se à Federação, onde buscou reforço para investir contra os chefes do tráfico, que criaram dentro das favelas um estado paralelo.

O crime organizado é poderoso, mas, nada é mais poderoso do que o Estado quando este resolve, de forma resolutiva, agir.

É isto que ora ocorre no Rio de Janeiro: a mão pesada do Estado retoma as suas prerrogativas e dá um basta na própria desídia: quando o Estado recua, a bandidagem toma conta. Quando o Estado avança a bandidagem recua.

A força que cerca o Complexo do Alemão, suficiente para sitiar e aniquilar a resistência dos bandidos, é uma tênue amostra do poder de fogo da República: 2,5 mil homens posicionados nos 44 acessos do complexo.

A Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, responsável pela tomada do território, postou 800 soldados; a Polícia Federal, responsável pelos comandos após a invasão, tem 300 agentes no local e as policias militar e civil do estado do Rio de Janeiro, completam a coluna, com mais de 1,3 mil homens.

Dão estrutura bélica à operação, blindados do Exército e da Marinha e veículos do Batalhão de Operações Especiais da PM, o Bope.

Pelos cálculos da inteligência militar da operação, cerca de 600 traficantes tentam resistir no Complexo do Alemão.

A República tomou uma decisão e vai cumpri-la. O apoio popular às operações é o sinal verde para não recuar: o povo do Rio de Janeiro compreendeu que as escaramuças, com todos os transtornos que causa uma batalha urbana, são necessárias para que a ordem estatal seja estabelecida.

E tal ordem só não é estabelecida quando o Estado se acovarda, ou quando é conivente com a desordem.

Que o exemplo do Rio de Janeiro seja seguido pelo Brasil: onde bandidos se arvorarem em tomar o lugar do Estado, que este reaja com vigor, pois tem força mais do que suficiente para isto.

Acabar com a violência é uma quimera desde que os povos se organizaram politicamente. A utopia do paraíso na Terra é inatingível no fato, mas, mostrar quem está no comando não é algo de que o Estado possa abrir mão, ou ele não terá razão alguma para existir.

Comentários

  1. oi Parsifal,
    Bom dia e de volta ao Pará, e falando do texto desta postagem, do meu querido Rio,
    penso como voce que sintetiza muito bem,tudo que aconteceu nos ultimos anos, que o estado não se omita nunca, pois a sua omissão sempre cria o monstro.

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  2. Parcifal coloca o icone do facebook para dilvulgarmos o blog entre nossos amigos. Abs Atila.

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  3. Olá Atila,

    Vou providenciar.

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  4. Esse blog está ficando cada vez mais chique.Além de mensagem postada no mural na língua inglesa, ainda terá divulgação via facebook.Eu como leitora assídua posso afirmar a excelente qualidade de suas postagens.Parabéns,deputado!

    Helena Albuquerque

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  5. Parsi, foi o tempo que garotos queriam ser médicos, advogados, engenheiros, professores só por falta de opção, arquitetos....hoje o moleque do morro quer ser igual ao marcinho vp e cia. sabe porque Parsi? vocês políticos estão pouco se lixando pra educação. Vai pra sala de aula com 4o alunos de segunda a sexta, de 07:15 às 18:00, com um calor infernal, sem estrutura, com salários baixos etc etc etc...é nisso que dá meu filho. parece que é mais fácil comprar fuzil, tanque, colete do que contribuir para a melhoria da educação. E não me venha dizer que não pode fazer nada, pode sim. o PT roubou a seduc até não querer mais, ou não dar mais, e vocês ficam brigando pra ver quem vai ficar com essa secrataria ou aquela. vocês são ridiculos e não se importam nenhum pouco com o povo.
    Fico P...da vida com vocês políticos.
    AP.

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  6. deputado se este senhor cuidar melor do seus filhos, com certeza eles irão ser gente melhor que ele independente dde politico ou não, tem colégio público muintos bons depende dele cuidar bem dos seus filhos

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  7. A herança "bendita" e/ou "mil vezes melhor" são dicursos defasados que tentam maquiar a realidade dos desoculpados que são tratados feitos "flanelinhas" recebendo do Estado uma esmola pra ficar calados, sem nada a fazer - acredito que ta na hora dos políticos buscarem ocupação pra as pessoas e não tentar comprar-las com as famosas bolsões do Governo, uma hora vai voltar contra eles mesmos. Chega de hiprocrisia........

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  8. Vejam a importÂncia do Policial nessas horas! Quando a situação é realmente crítica só a mão forte do Estado pode resolver! Agora pergunte quanto ganha um Soldado da PM do Rio? Seu salário é uma vergonha perto de várias categorias de trabalhadores, os quais nenhum deles, a não ser os policiais, arriscam suas próprias vidas em prol do Estado. E esse salário irrisório dos Soldados PMs do Rio não é diferente em outros Estados, e cito como exemplo os daqui do Pará que ganham tão mal quanto eles. Espero que os governantes, depois dessa operação no Rio de Janeiro, proponham uma melhoria salarial urgente pra todos os policias militares e policiais civis do país, bem como também aos integrantes das Forças Armadas, porque nessas horas de falta de controle do Estado só eles resolvem. Enquanto isso na Câmara dos Deputados, os governistas tentam barrar a PEC que melhora seus salários. Quem sabe a partir de agora eles pensem de outra forma.

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  9. para você senhor das 28/11/2010 20:07:00
    Sou professor do Estado. Se não tem nada pra falar fica calado. Alienação é uma m... mesmo.
    AP.

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