“Imagina uma reforma trabalhista? O Brasil iria parar para discussões intermináveis que, ao final, poderiam nem alterar tanto as coisas.”
A frase acima, não simpática a uma reforma trabalhista, não veio de um sindicalista que refuta qualquer rufo supressivo de direitos, mas, da boca de Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, maior banco privado do país.
Setúbal fez a declaração na sede da Fecomércio, em São Paulo, em um seminário da Fletcher School.
Há algo errado com Setúbal ou há algo muito errado com a legislação trabalhista no Brasil: enquanto o establishment econômico do Brasil labuta por uma reforma trabalhista que desonere o empregador, alegando que isto turbinaria o crescimento do PIB, Roberto Setúbal, capo de uma das maiores empresas do mundo diz que “não precisa”.
Setúbal, do alto do que maneja, não deve ter feito apenas um jogo de palavras, portanto, a minha conclusão é que os seus feiticeiros lhe devem ter informado que a atual legislação trabalhista brasileira é boa para o sistema financeiro: o lucro dos bancos são um índice disto, pois não?
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