Na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre, o presidente Lula tocou em um ponto absolutamente crucial para que o Brasil suba o patamar que falta no processo de consolidação democrática que experimentamos desde o final da ditadura: a Reforma Política.
O voto no Brasil, no sistema arcaico, patrimonialista e clientelista com o qual nos misturamos, torna-se cada vez mais censitário: quem tem dinheiro “compra” a eleição; quem não tem participa para colher sufrágios ao balaio partidário.
Lula disse que quando deixar o cargo será um “leão” na defesa da reforma política e buscará mobilizar o PT em torno desse compromisso.
É uma pena que não tenha feito isto enquanto presidente, com a extraordinária legitimidade com a qual detém o cargo, mas, não adianta, em uma curta postagem, analisar a gênese da omissão: oxalá ele cumpra a promessa do rugido.
Tenho a convicção de que ou o Brasil enfrenta a reforma política, com voto no partido e financiamento público de campanha, ou cada vez mais a representatividade popular se transformará em um reles negocio individual de quem busca uma cadeira em um dos poderes da República.
Todo aquele que conhece os crus intestinos de uma campanha política desencanta-se com a República. Não deveria ser assim: a República é uma das mais belas elaborações culturais que a humanidade já produziu.
Qualquer que seja a reforma política, sem a figura do voto optativo, jamais será reforma. Se reformarem e não mexerem na obrigatoriedade do voto, será porque o povo só deve servir prá isso mesmo, massa de manobra.
ResponderExcluirEle teve 8 anos para fazer a reforma e não a fez, preferindo passear pelo mundo no seu moderno avião presidencial. Agora, ao apagar das luzes, vem fazer proselitismo político - haja paciência para aguentar tanta demagogia!!!
ResponderExcluirNunca na história desse pais houve um presidente tão demagogo.
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