Merengue – Jaime Colson
Um dia depois do instituto Vox Populi ter publicado pesquisa eleitoral mostrando vantagem de oito pontos percentuais para Dilma Rousseff, o Datafolha, em 24.07, publicou a sua pesquisa mostrando um empate técnico entre esta e o candidato tucano José Serra:
José Serra: | 37% |
Dilma Rousseff: | 36% |
Marina Silva: | 10% |
Na simulação de segundo turno:
Dilma Rousseff: | 46% |
José Serra: | 45% |
São normais diferenças em pesquisas de opinião, mesmo que elas sejam realizadas em mesmos dias, todavia, a normalidade deve ser absorvida se as diferenças registradas flutuarem dentro da margem de erro de cada uma.
A diferença apontada entre os resultados do Vox Populi e do Datafolha é uma singularidade que precisa ser analisada com profundidade e conhecimento de causa, além do reducionismo inconsequente de tentar explicar que uma é dos petistas e a outra é dos tucanos.
Parto do principio que os dois institutos, de renome nacional, não se estariam prestando a jogar os respectivos nomes na lama eleitoral por quaisquer 13 ou 45 tostões.
Algo a ser observado nesta pesquisa do Datafolha: 41% dos entrevistados acreditam na vitória de Dilma Rousseff, contra 30% que acreditam na eleição de Serra.
Este é um ponto importante na formação de opinião do eleitor indeciso: grande parte do eleitor ainda considera crucial "não perder o voto".
O problema é a forma capciosa que os números são divulgados, tendendo para um ou outro candidato de acordo com o dono dos institutos e de quem paga.
ResponderExcluirDeveria existir normas para regulamentar e padronizar tanto os métodos de pesquisa como a forma de divulgação.
Como está, fica uma margem muito grande para a manipulação dos "resultados" divulgados.
Isso é no mínimo imoral e desrespeitoso para com o eleitor que têm direito à informação, sem distorções e manipulações.
Um exemplo absurdo (além deste) foi à pesquisa Ibope do DEM para o governo do Pará, pela pesquisa Ana Júlia com o apoio do PMDB perderia pontos percentuais.
Por pior que fosse a legenda ou o cacife dos políticos do PMDB, uma situação dessa seria raríssima e praticamente impossível, poderia não somar, mas diminuir é extremamente improvável.