Economia informal – Pablo Henry
A Fundação Getúlio Vargas, FGV, e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, ETCO, divulgaram hoje que a economia informal no Brasil movimentou R$ 578 bilhões em 2009.
Assevera a publicação que este número corresponde a 18,4% do PIB nacional e supera o PIB da Argentina.
A economia informal produz bens e serviços não reportados ao governo e por isto este deixa de arrecadar os devidos tributos sobre as respectivas operações. Além disto, todo o contingente de trabalhadores envolvidos está à margem da legislação trabalhista.
Se considerarmos uma media de 30% de impostos que o governo deixa de arrecadar, teremos um valor anual de R$ 173 bilhões: isto seria o suficiente para fazer Belo Monte, o Trem Bala, todos os investimentos necessários à infraestrutura para a Copa de 2014, ainda havendo troco.
Algo que nos deve ensimesmar sobre esta grandeza: se instituições como a FGV e o ETCO conseguem medir com tamanha acuidade a economia informal, porque o governo não o faz e toma as devidas providencias?
Isto parece a história da policia que sabe onde estão todas as "bocas de fumo" da cidade, mas faz questão de persisti-las como pontos vermelhos no mapa da insegurança.
Parsifal,
ResponderExcluirDeixa o pessoal informal quieto, o q é preciso é diminuir a sanha arrecadatória, ou melhor, devolver em serviços de alguma qualidade, o que pagamos de impostos em tudo que compramos e q não nos damos conta, vide o exemplo da conta telefônica.
Virgílio
Portal IG realizou levantamento na Câmara Federal constando como campeões de falta os deputados Ciro Gomes (PSB-CE), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Jader Barbalho (PMDB-PA), Nice Lobão (DEM-MA) e Sandro Mabel (PR-GO).
ResponderExcluirO grupo só não foi cassado pelo fato da Mesa Diretora ter acolhido justificativas.
Não sei se é melhor ou pior ficar na informalidade, pois os tributos, caso fossem arrecadados iriam parar nos bolsos, cuecas e paraisos fiscais. Então é melhor ficar como está.
ResponderExcluirPodemos defender a redução dos impostos. Podemos defender a isenção de impostos para determinadas atividades ou circunstâncias. Mas não se deve defender a sonegação que há na informalidade, pois isto causa uma grave distorção econômica: o formal paga pelo informal e isto precisa ser corrigido.
ResponderExcluirFez sim, deputado. A regulamentação das microempresas unipessoais, com no máximo um empregado, é um grande exemplo. Assim recolhem INSS e as transações da nanoempresa entram para o balanço contábil do PIB.
ResponderExcluirPrezado Parsifal 5.0:
ResponderExcluirAcho que ainda não conversamos pessoalmente, apesar de eu dizer que, nesta terra todo mundo se conhece e, se conversar muito, descobre que é parente.
Indubitavelmente, você deve ser um aparativo sparring intelectual, “homo sapiens” quase-relíquia neste Grão Pará.
Sempre que posso leio seu excelente blog. Na realidade, excelentes são as matérias escritas com inteligência pelo blogueiro que faz o site, apesar do site já estar feito (essa língua é fantástica!).
Sem hesitação, elejo-os – o sítio e seus habitantes - um dos melhores, algures, alhures (e até nenhures).
Sobre o tema “Economia informal”, que você sucinta (neologismo verbal saindo do forno, para não escrever laconiza, que se parece com nome de remédio para quem agoniza) de feitio brilhante e habitual, infiro a seguinte e despretensiosa nota:
Este assunto é muito falado e pouco, ou quase nada, acertado, mesmo com as facilidades para fazê-lo, como você afirma.
Tenho alguns trabalhos sobre o tema, um na fase do mestrado, outro, um estudo que fiz quando era Secretário de Planejamento e Finanças, e enviei para o meu amigo Pedro Sampaio Malan, (não lembro agora o ano) que me ligou, fez os elogios do dia, e gargalhou quando lhe perguntei qual a gaveta do ministério dele que iria eternizar a relíquia.
Se eu souber seu e-mail, pois não o achei no seu blog, e entendo que se lá tivesse (é cacófato?) você não dormiria em paz, enviar-lhe-ei, para não deixar a mentira grande, de tanta promessa e trabalho sem mostrar nenhum, o mais recente artigo que escrevi sobre o supra, com o título de “IMPOSTO MENOR, RECEITA MAIOR”, que nenhum dos dois jornais da “terrinha” do Edvaldo quis publicar (acho que solidários com o Pedro), e peço-lhe, se tempo tiver, que “critique pra caramba”.
Um abraço
Marcos Klautau
mklautau@superig.com.br
NB: escrito de afogadilho e sem revisão do autor.