Pular para o conteúdo principal

Collor, Dilma, Lula e Darwin

darwin

“Eu estarei aqui para oferecer o palanque a uma candidata que pensa e fala com conhecimento, que não enrola; uma personalidade que não engana e que é uma personalidade com o meu tipo de ser e com o meu temperamento”.

Esta é uma referencia a Dilma Rousseff, pronunciada pelo senador Fernando Collor, ex-presidente da República, cometida no seu discurso durante a convenção do PTB de Alagoas, que o escolheu para candidato a governador do Estado.

O PT de Alagoas esperneia e diz que Dilma só terá um palanque nas Alagoas, que é o do meu amigo Ronaldo Lessa (somos amigos desde os anos 80, quando viajamos juntos para Cuba) , duas vezes governador de Alagoas e novamente candidato a governador pelo PDT, cujo vice foi indicado pelo PT.

Collor não se faz de rogado e vem à treplica: “O presidente tomou uma decisão clara, quando muitos diziam que ele teria somente um candidato, e mandou aqui os seus representantes que disseram que Dilma terá dois palanques. Lula disse: 'em Alagoas Fernando Collor é nosso candidato também'”.

Não se apoquentem: o Collor mudou, o PT mudou, o Brasil mudou, o mundo mudou.

Portanto, razão não faltava a Charles Darwin quando asseverou que "não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.".

Comentários

  1. Caríssimo Parsifal,
    como disse um homem sábio, eu posso até não concordar com o que falas, mas defenderei atá a morte o seu direito de falar.
    Meu concidadão fala e age como um democrata.
    Agiremos em lados opostos nesta campanha que se avizinha, infelizmente, pois não tenho pelo PT a menor simpatia. Tolerei lulla por ter sido eleito limpamente e dentro de um processo democrático claro e puro. Foi a vontade do Brasil,indiscutível.
    Sua candidata e sua campanha não merecem os adjetivos de limpidez e pureza. Nunca antes na história desse país se utilizou tão sordidamente dos recursos públicos, em suas várias formas (justiça, imprensa, propagandas estatais ) para tentar se eleger um candidato. A instituição mais importante do Executivo, Presidência da República, foi reduzida a um mero comitê eleitoral.
    Mas acredito que a resposta virá da tão propalada voz rouca das ruas. Sei que tens um contato íntimo com o povo, o povão, não aqueles das elites,mas o povão nas ruas, e deves ter um quadro bem explícito das suas vontades.
    Assim como já já disse e volto a repetir: tudo nesta campanha paraense indica que o PMDB pode voltar ao Governo do Estado. O timing de Jáder Barbalho tem sido perfeito e suas estratégias adequadas ao momento. Havendo vontade e aplicação dos candidatos e prefeitos, o segundo turno, no mínimo,está garantido.
    Mas caro deputado, acabei me perdendo no foco do meu comentário. A questão principal é o uso da palavra DEMOCRATA. Conheço-o pessoalmente, bem como sua simpática esposa, já tendo votado nos dois. E fiquei, para ser leve nas palavras, chocado com seus elogios à uma ditadura cruel e sanguinária, que há 50 anos condenou um povo lindo, bom, alegre, solidário, como o povo cubano, ao que de pior existe no mundo.
    Espero não encontrar também elogios seus aos ditadores da Coréia do Norte e africanos, entre outros poucos que ainda insistem em existir em um mundo que caminha sempre para a LIBERDADE, em todas as nuances que a palavra oferece.
    Abraços fraternos,
    Renato SC Vieira

    ResponderExcluir
  2. Olá Renato,

    O meu caso com Cuba é antigo. Acreditei na revolução cubana e acho que ela foi necessária para a época. Infelizmente, quando a revolução de Castro libertou Cuba de outra ditadura, a de Fulgência, os EUA não providenciaram e deixaram a Ilha cair nas mãos da então URSS. Hoje, embora eu não mais defenda o regime, tenho por Cuba um carinho especial, pois fiz muitos amigos lá.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.