Medvedev e Obama: acordo pífio
Anunciou-se, na semana passada, um acordo entre os EUA e a Rússia, que visa reduzir em 30% o arsenal nuclear de ambos.
O que isto significa? Nada. Aliás, desculpem-me, o nada aí é apenas estratégico: o acordo rende marketing político interno a ambos os presidentes e visão colateral externa de que as duas potências trabalham um desarmamento.
Deve haver aí, também, uma mensagem para a China com o seguinte teor: nós já nos entendemos e vamos partir para cima do Irã.
Este bilhete em forma de acordo também pode servir para o Brasil, que se meteu a querer reinventar a roda na diplomacia do Oriente Médio.
Mas, voltemos ao nada estratégico. Eu explico a locução: o que restar de ogivas a ambos, isoladamente, depois de cortar os 30% pretendidos, destrói o mundo duas vezes, ou seja, os dois países mantêm a belicosidade nuclear intacta.
O faz de conta vai ocorrer, entre Obama e Medvedev, no dia 8 de abril, na belíssima Praga.
Putin vai ficar em Moscou, olhando pela televisão, para conferir se Medvedev vai seguir o script que ele configurou.
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