J. D. Salinger aos 32 anos e em uma rara fotografia em 2005
Aos 12 anos eu me comunicava em inglês, mas não sabia ler e nem escrever na língua: qualquer dia eu explico como isso foi possível.
Quando eu estava aprendendo a ler em inglês, foi-me entregue um livro: “The Catcher in the Rye”, de J. D. Salinger, que eu li sem interesse literário, assim como leria uma bula se este fosse o meu dever de casa.
Por volta dos 21 anos, em conversas em um clube literário (antigamente jovens se reuniam em clubes para discutir literatura) veio à tona a obra de J. D. Salinger, “O apanhador no campo de centeio”.
Fui procurar o livro e constatei que era o mesmo livro que eu lera em inglês.
Li de novo e vi que, de fato, o livro merecia o conceito meritório de ser uma das mais significativas obras da literatura estadunidense.
“O apanhador no campo de centeio”, escrito em 1951, inspirou profundamente a cultura e o modo de vida do adolescente americano da segunda metade do século XX.
Vendeu 60 milhões de cópias, fazendo a glória do seu autor. Mas, Salinger era avesso à fama: desde meados de 1960 recolheu-se a uma pequena propriedade na cidade de Cornish, em New Hampshire, nos EUA e era esquivo a qualquer tipo de publicidade.
Escrevo isto porque acabo de ler a notícia da morte de Salinger, aos 91 anos, na localidade acima mencionada.
Vale à pena ler “O apanhador no campo de centeio”, que ainda vende cerca de 300 mil cópias ao ano, nos EUA, e que nunca foi ao cinema porque Salinger jamais autorizou a filmagem.
Comentários
Postar um comentário
Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.