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Dos 27 estados do Brasil, o Pará é o 26° em matéria de desenvolvimento

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A recente publicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), sobre desenvolvimento federativo, corrói discursos desavisados que qualificam estados como o Piauí, Sergipe e Amapá, como a perfeita tradução do atraso nacional.

Indica-se que os que usam tais argumentos conhecem mais as agruras daqueles estados e muito menos as do próprio domicílio. Talvez achem que o Pará se resume a Belém e adjacências, onde os índices já deixam muito a desejar.

Em termos de desenvolvimento, o Pará amarga o 26° lugar, seguido por Alagoas, em 27°. Se Alagoas agregar 0,0034 pontos, nos passará.

Os estados do Tocantins e Mato Grosso do Sul, que se emanciparam de Goiás e Mato Grosso, deixam o Pará longe: Tocantins é o 15° estado mais desenvolvido do Brasil, Goiás é o 9°; Mato Grosso do Sul é o 10° estado mais desenvolvido do Brasil e Mato Grosso é o 11°.

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Tenho ouvido o discurso maniqueísta de que os políticos do Sul e Oeste do Pará são malsinados interesseiros, cujas tulhas, que receberão os tentos de uma possível divisão, são os próprios bolsos.

Para que esta asserção seja equânime, é necessário voltar os olhos aos senhores da metrópole, de onde sempre saíram os mandatários da província, os seus mais eminentes parlamentares, os meritíssimos julgadores e as respectivas decisões dos rumos.

Nós, os caipiras de gravata e sapato, jamais passamos de meros coadjuvantes neste filme que cada vez mais se abaçana na tela.

Onde, quando, e como o Pará, este colosso tão belo e tão forte, desencarrilhou dos trilhos que nós juncaríamos de flores?

Responder que a culpa é dos políticos é um desvio vão. Já passou da hora de todos nós assumirmos parte da culpa e da cumplicidade, para discutirmos isto de maneira mais consequente.

O quadro colado na postagem é da FIRJAN

Comentários

  1. A formula é simples: corrupção, gente burra (refiro-me daqueles que tem estudo, mas não sabem o que fazem com ele), preguiça de pensar (pq nunca vi um povo mais preguiçoso de pensar que bem paranese), adora copiar tudo de fora sem ao menos se dá o trabalhado de perguntar se pode fazer desse jeito aqui.

    To errado?

    Quer ser considerado alienigena no Pará? Diz que é paraense e gosta de estudar e trabalhar, agora quer agravar, diz pensou algo diferente que não está no eixo sul-suldeste q a resposta é automatica:
    - Estás Errado!
    No dia seguinte aparece um paulista, fala a mesma coisa, e um puxa-saco vem lá de trás e chama o cara de gênio!

    Quem nunca passou por isso levante a mão!

    Eu não me assusto mais com isso, já aprendi a aceitar que o povo é assim, pq achas que vem tanto sulista de fora trabalhar aqui?
    Já cansei de ouvir isso lá fora, me perguntando pq eu continuo aqui, se o povo não gosta de estudar e trabalhar, eu respondo: Pelo mesmo motivo que o povo de fora vai pra lá, não tem competição!

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  2. O Estado do Pará está no fundo do poço e ainda querem mais uma hidroelétrica em Belo Monte, para desenvolver o que?Dizem que não são as respostas que movem o mundo, então fica a pergunta:para aonde vai "nossas" riquezas naturais.

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  3. A pesquisa mostra o que todos já sabíamos, mas não queríamos admitir. O Pará deste tamanho tornou-se inviável e a tendência é sermos ultrapassados pelo Alagoas, já na próxima pesquisa e passarmos a ocupar a lanterninha, onde permaneceremos até sabe-se lá Deus quando.

    A solução é dividir este Estado em três, o que trará vantagens imediatas para o Pará, à médio prazo para Carajás e Tapajós e a longo prazo para a região Norte.

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  4. Um dos principais problemas do Estado do Pará é a desigualdade entre as regiões.

    Não há projetos estruturantes com impactos positivos no desenvolvimento regional, voltados às vocações e às potencialidades regionais.

    O planejamento descentralizado é sempre apontado como instrumento eficaz para reduzir, em médio e longo prazos, as desigualdades.

    Regionalizar o planejamento, no entanto, não é tarefa fácil.

    A implantação de Regionais Administrativas no Estado do Pará só existem no papel, mas não criaram raízes e já deveriam ter sido extintas, porque jamais dispuseram de apoio que estimulassem uma cultura política regionalizada.

    Não há projetos estratégicos que beneficiem um conjunto de municípios.

    Falta vontade política!

    Além de vontade política, falta a ousadia de planos que sejam capazes de alterar a face do Estado.

    Não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos!

    O Estado não possui políticas públicas eficazes e revela a incompetência da burocracia governamental.

    No que se refere à área social, ao Estado do Pará se aplica, exatamente, a análise constante da publicação "Gestão e avaliação de políticas e programas sociais: subsídios para discussão", na qual se afirma:

    "As áreas de saúde, educação, assistência social, emprego, habitação, saneamento básico, entre outras, não atuam em conjunto, não dialogam entre si e não se propõem a desenvolver um esforço institucionalizado e sistemático de compatibilização de ações e construção de sinergias e complementariedades".

    Segundo o autor, Francisco Gaetani, um Estado, refém de interesses privados e corporativos, protela o enfrentamento dos problemas, contribuindo para o seu agravamento e aumentando o custo das hipotéticas soluções.

    O fato é que no Estado do Pará, ocorre o que afirma Gaetani, a área social desempenha um papel periférico no centro nervoso do governo, exceto pelo apetite que desperta nos segmentos políticos que se nutrem do clientelismo e da administração da escassez.

    O Pará ilustra as desigualdades regionais do Brasil, apresentando, na sua unidade política, realidades diversas, com grandes diferenças regionais, econômicas, sociais e até culturais.

    Por tudo isso, o debate que hoje se trava no Estado do Pará acerca do desmembramento das áreas de influência do Tapajós e de Carajás deve ser examinado de forma desapaixonada e com a mais absoluta racionalidade, que vença o desenvolvimento, a estabilidade e o progresso como contraposto ao aumento da concentração da renda, da pobreza e da miséria extrema.

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  5. Deputado:
    nós, os caipiras de gravata e sapatos, nos sentimos engrandecidos de tê-lo entre nós.
    Um abração!

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  6. Célio Ramos15/11/2011, 15:05

    Infelizmente Deputado,o anônimo das 10:11, está cobertíssimo de razão, estou "careca" de ver cenas reais do relatado.
    Tenho em casa, um "paraense da gema",na véspera de ser médico e pensa a mesma coisa.Abraços,

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  7. Olá Ademir,

    Obrigado. Para parafrasear o Gil, na sua bela "Super-homem, a canção", quem sabe um caipira venha nos restituir a glória...
    O problema é que nós, os caipiras, sempre votamos nos senhores da metrópole. Talvez porque os paletós deles sejam mais bem talhados que os nossos...

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  8. Vcs separatistas são engraçados. Querem deixar somente 17% do nosso amado Pará para nós do nordeste e querem ficar com 83%. Se não querem viver no Pará, voltem de onde vieram, seus forasteiros. Por que a classe política do Sul e sudeste do estado, não lutam Pra mudar essa situação? O problema que os políticos só pensam neles e pensando neles agora querem dividir o estado. _|_, _|_ _|_ _|_ pra vcs.

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  9. 16:14:00,

    Permita-me observar que se tudo o que você tem a dar ao debate é xenofobismo, má educação e grafitagem pornográfica, seria possível concluir que você é tão mais pernicioso do que aqueles contra os quais você dirige a sua indelicadeza, achando que são agentes do prejuízo.
    Permita-me ainda observar que o "nosso amado Pará", não é exclusividade sua: o "nosso" tem a acepção de todos, tanto você, ou eu, que nascemos aqui, como os que rumaram para cá.
    Por fim, consulte, no IBGE, o perfil dos habitantes do Sul do Pará e você descobrirá que a maioria, ao contrário do que pensam os desavisados, é de paraenses natos, e 80% deles optam pela divisão, portanto, a sua grafitagem pornográfica, está dirigida, também, a filhos do "nosso amado Pará".
    Tente colocar os seus argumentos com educação e inteligência, pois, da forma como você se dirige, não está deixando uma boa imagem dos filhos do “nosso amado Pará”.

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  10. Deputado, se o senhor souber, gostaria que me explicasse como chegaram a essa nova geografia dos 3 estados? Esses limites obedecem alguma lógica? A hidrelétrica de Tucurui ir para o Carajás tem lógica?

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  11. 16:52:00,

    A lógica obedeceu, em primeiro lugar, a própria divisão geográfica administrativa das três meso regiões do Pará, onde estão, aliás, localizadas as jurisdições das associações de municípios. No caso do Carajás, por exemplo, você verá, se conferir, que são os municípios que fazem parte da AMAT.
    Não se considerou, porque é impertinente, os próprios da União, no Pará. A hidrelétrica de Tucuruí, o Projeto Carajás, ou qualquer outro projeto mineral não pertencem ao Pará: águas e subsolo pertencem à União e o estado onde estes bens estão localizados não auferem propriedade e nem as suas consequências sobre eles. Daí porque, por exemplo, a União não precisa de autorização do Pará para fazer a hidrelétrica de Belo Monte e nem para explorar minérios.
    Quanto ao tamanho de cada estado, há aí um total desconhecimento da real área que o estado tem hoje: se você subtrair de cada parte proposta para divisão, as reservas federais, o que sobrará de área efetivamente dos respectivos estados será quase similar. Para que você tenha clareza: da área que poderia vir a ser o estado do Tapajós, quase 70% é composta de reservas federais, sejam elas reservas indígenas, extrativistas, ou ambientais, sobre as quais o estado não tem jurisdição alguma. Da mesma forma o Sul do Pará, onde quase metade da área é também de propriedade da União.
    A área que ficaria no “Novo Pará”, não tem 10% do território sob jurisdição federal, daí porque aparece no mapa como menor.
    Isto, todavia, do ponto de vista visual, prejudica o entendimento do eleitor, e facilita o apelo da campanha do “Não”, para que o Pará não seja o “parazinho”, mas, eleições são isto mesmo: o que acaba prevalecendo é a versão, em prejuízo do fato, pois são poucos, que como você, se propõe a discutir a questão de forma propositiva.

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  12. Sinceramente
    Acredito que não é a mera dimensão do estado que o impede de crescer e sim a corrupção de nosso mal necessário, "os políticos".

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  13. Antes de separarem o Tocantins, qual a colocação do estado do goiás em nível de desenvolvimento? Aposto que não estava entre os últimos, pois Goiás sempre foi desenvolvido. Outra coisa, não só os municípios de Tocantins estão desenvolvidos,mas os municípios de Goiás também e mesmo sem divisão estariam do mesmo jeito porque lá tem político que presta diferente do pará que só tem corrupto.

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  14. Caro Parsifal, vcs separatistas tentam "forçar a barra" de qq jeito com argumentos quiméricos, fantasiosos e até, me perdoe o termo, estúpidos.
    Começaram com a questão do Fundo de participação dos Estados (FPE), que supostamente viria mais dinheiro caso os novos estados fossem criados, o q é um blefe, e foi devidamente desmentido >>>

    (http://eduardojmcosta.blogspot.com/search/label/Cr%C3%B4nicas%20sobre%20o%20Separatismo)

    Agora vc mostra um gráfico onde, dos 8 últimos estados, 5 são pequenos,(PI,PB,AC,AP E AL) e mesmo assim estão nesta posição, pq? vcs não falam q estados menores são + fáceis de governar? A tese continua.
    Sobre as unds da federação maiores q estão em último,(PA,AM E MA), há justificativas: o MA vive uma oligarquia tenebrosa dos Sarney, seu amigo e correligionário; enquanto PA e AM, embora grandes, sofrem com a discriminação do governo federal, vide a Lei Kandir e a legislação da energia elétrica q taxa a mesma no destino e não na origem, q prejudica o Pará, então te pergunto: a gente muda esse estado de coisas dividindo, ou se unindo?

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  15. 19:08:00,

    Para esgrimir os seus argumentos você não precisa usar termos agressivos. Você consegue demonstrar, no texto, que não precisa disto.
    O texto que você recomenda não destitui a questão da repartição do FPE. O autor sofre equívoco crasso no momento em que ele sugere, e ressalva, que se a lei que define os percentuais não for modificada o FPE do Pará teria que ser dividido por 3.
    Ocorre que a lei terá que ser modificada pela lei complementar que criaria os novos estados, pois não há embasamento legal algum para proceder a mera divisão do que é 1, por 3 e o Poder Público não pode fazer aquilo que não está previsto em lei.
    E não é só o índice do estado que terá que mudar, mas, os percentuais de cada região para onde a lei complementar 62/89 divide o bolo das receitas a serem repartidas.
    Já me referi a isto em resposta a uma pergunta na postagem “Começa
    a propaganda eleitoral gratuita do plebiscito
    ”, na posição 14:20:00 e 21:48:00.
    Esta redivisão também já foi ponto considerado passivo no relatório do IPEA, que, inclusive, para efeitos de cenários, fez a amostragem de como ficaria o FPE dos três estados.
    Ambas as correntes de discussão usam os valores para defender suas teses: os divisionistas os usam para demonstrar as grandezas e os não divisionistas usam, os mesmos valores, alegando que eles não seriam suficientes para prover os estados.
    Aconselho-o, também, a ler o relatório do IDESP sobre o assunto.
    A alegação do autor que você linkou, não tem fundamento jurídico algum. Mas, ele, pelo menos, demonstrou a sua educação, típica de pessoas letradas, que sabem esgrimir seus argumentos sem disparar agressões, o que é extremamente importante neste debate, onde os envolvidos são pessoas que, independente do resultado, precisam continuar a conviver.
    Quanto ao gráfico postado, ele retrata uma realidade a nós imposta. É à gênese disto que deve ser remetida a discussão, e, desculpe-me, explicar isto apenas repassando a culpa a esta ou aquela oligarquia é uma posição muito cômodo do tipo "eu não tenho nada a ver com isto". Tenha em mente que o processo político é formado por diversos atores: não há eleitos sem eleitores e governabilidade não é um sistema fechado dentro do espectro democrático.
    Acredito que devemos fazer o debate de forma mais adulta e consequente. Eu estou pronto para ouvir a opinião de todos e ponderar sobre elas, e gostaria que todos ouvissem as minhas, sem contra argumentar com a simplicidade cotidiana de que a culpa é dos meus amigos ou correligionários.

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  16. Vocês já observaram a quantidade de possantes carros importados de que circulam nas cidades de Belém , Marabá e Ananindeua? Já viram a quantidade de condomínios de luxo construídos em Belém? Já notaram o quanto cresce a indigência e a violência nas periferias e nos centros de Belém, Marabá, Parauapebas, Santarém? Da quantidade de jovens que tem tombado vitimas do crime organizado? Do enorme contingente de desempregados, camelôs e indigentes? Já viram o quanto de nossas riquezas naturais e seus resultados tem sido mandado quase de graça pra fora, aqui ficado só as crateras, refugos e desmatamentos? O quanto cresceu a concentração de renda e de novos ricos? Pois é, o curso desses fenômenos, que não são nenhum pouco natural, revelam a que direção caminhamos, a da barbárie social.

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  17. Meu caro Parsifal,

    Se é verdade que ninguém garante que a tal lei que está em vigor sobreviverá depois de 31 de dezembro de 2012, me diga, por favor, qual o dado oficial que garante o dobro de arrecadação de FPE com a criação de dois novos estados como a campanha do Sim coloca?

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  18. A lei 62/89 foi declarada inconstitucional pelo STF, que, no Acórdão, suspendeu os efeitos da inconstitucionalidade até 12.12, quando, então, o Congresso terá que ter aprovado uma nova lei que trate da repartição do FPE.
    Não acredito, todavia, que a lei sofra mudanças substanciais na sua lógica algébrica: haverá sim, uma correção nos percentuais regionais e nos respectivos índices de cada Estado.
    No entanto, caso haja a criação de mais dois estados, a Lei Complementar que os criar, será obrigada a emendar o artigo da lei que distribui os índices, pois, estes foram calculados com base em 27 estados. Em sendo 29, os índices terão que ser recalculados. É neste recalculo que haverá a redistribuição de índices para para todos os estados e, o Norte do Brasil, que tinha 7 estados, passará ter 9, aumentando, portanto, a sua participação no FPE. Este aumento teria repercussão positiva apenas no Pará, Tapajós e Carajás, com subtração em percentual maior nos demais estados do Norte e em percentual menor nos estados das demais regiões do Brasil.
    Se a campanha do SIM está dizendo que os valor dobrarão, está cometendo um equívoco: o valor deverá sofrer acréscimo de no máximo 50%, o que já é extremamente positivo para o território.

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  19. Parsifal, a campanha do SIM tá dizendo que triplicarão... meu filho de 10 anos veio com a resposta mais simples do mundo.
    Então porque não divide em 6 que não seria melhor?
    Já pensou se passam de 27 pra 50 que nem nos Estados Unidos, ai todo mundo ganha!

    Eu ri mt... até crianças se tocam que essa campanha do SIM tá inventando muita coisa, metiras brabas.
    O teu argumento é mais coerente, mas o que estão utilizando pra campanha, segundo o meu "jornalista mirim" tá mais pra conto da carochinha.

    Quem tá coordenando essa campanha além do DUDA?

    Conta o nome dos potoqueiros pra nunca mais nem cogitar a hipótese de votar nuns caras desses.

    Meu filho tá aprendendo muito bem o que não deve se dizer quando está tentando argumentar: nunca use dados fantasiosos, porque quando for pego, é uma vergonha.

    Pena que não assististes o Aprendiz ontem, nossa, queria que o Povo Brasileiro fizesse aquilo com os políticos que mentissem pra população ou que jogassem ideias mentirosas em propagandas.

    Cuidado Parsifal, esses grupo separatista pode te queimar com tantos argumentos furadíssimos q estão apresentando.

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  20. Meu caro Parsifal:

    Então o acréscimo de 3 bilhões anuais no FPE com o desmembramento está superestimado?

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  21. 09:05:00,

    Não, não está superestimado. Os cálculos indicam que haveria um acréscimo de R$ 3 bilhões ao ano (FPE dos 3 somados) caso surjam mais dois estados, mas, isto não significa que o FPE da área total dobraria. Para dobrar seria necessário que o incremento fosse na casa dos dos R$ 6 bilhões. A grandeza de R$ 3 bilhões a mais está correta, o que não procede é que esta quantia seria o dobro do que é hoje.

    ResponderExcluir
  22. 08:31:00,

    Em primeiro lugar eu não faço parte da equipe de marketing da campanha. Assisti apenas os dois primeiros programas a título de apreciar qual seria o tom a ser apresentado pelas duas partes. Eu tenho opinião formada sobre a divisão há mais de 20 anos, e a defendo desde que formei a opinião, independente de quaisquer propaganda eleitoral. Acredito que é melhor da mesma forma que você formou opinião que não é melhor.
    O seu filho não está de todo enganado. O número ideal de estados para o Brasil, a meu ver, seriam 42 estados. Fiz este estudo, por minha conta, em 2001 e o apresentei na Confederação Nacional de Municípios, onde eu era secretário geral.
    A base do estudo foram 12 países que utilizam o sistema de descentralização administrativa, como os EUA, França, Alemanha etc.
    Vou lhe dar apenas o exemplo da Alemanha que eu reputo o país que melhor soube aproveitar o dogma da descentralização político administrativa: com uma área 4 vezes menor que o Pará, a Alemanha dividiu-se em 16 estados. Alemanha, ainda, como a Rússia, tem cidades estados, como é o caso de Bremen, na Alemanha, e São Petersburgo na Rússia.
    Os EUA, que surgiram com 13 colônias, fizeram, de uma só tacada, a título de melhor distribuir a renda federativa, criaram 50 estados em uma área contínua similar ao Brasil.
    O estudo que fiz, mostra cenários diversos para números diversos de estados, as vantagens da redistribuição da renda federativa, a contribuição para a mitigação das desigualdades regionais, o reequilíbrio congressual e político gerado, e capacidade motora de unidades federativas mais bem equacionadas poderem responder aos desafios gerenciais.
    Infelizmente, a campanha do plebiscito no Pará virou uma batalha de egos e preconceitos, em uma espécie de gincana estudantil para ver quem ganha mais pontos, enfim, virou uma campanha eleitoral onde um e outro lado a aproveita para promover a si mesmo e eu não compartilho disto: apenas farei o que acredito.
    Parabéns à ótima capacidade perceptiva do seu filho.

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  23. Sou simpático a divisão por ter conhecido muito do interior do estado e ter visto de perto o abandono com que nosso povo do interior é submetido.
    Minha inclinação ao SIM diminui, entretanto quando percebo o apetite político com que o assunto é tratado.
    Creio que separar mantendo a mesma política, a mesma ineficiencia, a mesma incompetencia de sempre, será condenar o povo a mesma situação atual, talvez pior.
    Será que uma gestão eficiente, igualitária, justa não seria uma solução mais rápida e menos danosa aos cofres públicos?
    Nosso problema não está em dividir ou manter o estado atual, mas gerir com eficiencia, sem corrupção, sem nepotismo, com justiça.
    Nosso problem está em formar um povo com consciencia politica, que analise seu candidato, que nao venda seu voto por uma cesta básica ou por uma rua asfaltada.
    Separar, neste aspecto, não resolve o problema. Precisamos de educação e de uma gestão eficiente.
    Separar, insisto, mantendo os mesmos políticos e maneira de governar atuais é condenar nosso povo do interior a um atraso muito maior...

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  24. caro dep.parcifal,sou paraense de coração,porem não sou burro,nem radical ao estreemo, moro em Belem no bairro do telegrafo, senador lemos,estou cansado de sofrer o abandono, a ausência de governo em todos os seguimentos, um deles esta ai a educação,professores em greves por melhores salários,os Hospitais e centros de saúde lotados,com a multiplicação do estado, Belem com certeza ira desafogar e com isso teremos melhor atendimento,quen é contra,são os que não precisam de atendimentos médicos em postos de saúde ou Hospitais publicos, muito me admiro do Dep Zenaldo sabendo das dificuldades que passa o nosso estado,amargando o 26 lugar no ranking,ganhando apenas do estado de alagoas que é o ultimo em desenvolvimentos, e esse estado que querem manter grande,vou votar sim pela multiplicação e vou fazer campanha,por um PARA MENOR E COM MUITO MAIS QUALIDADE E DESENVOLVIMENTO,CHEGA DE SOFRER,para bens dep. Parcifal pelo seu blogger, sim pelo desenvolvimento

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  25. Falastes tudo, gincana estudantil.

    Isso mesmo!

    Pena q vai sair mt caro pros cofres públicos essa gincana, e ainda vai me obrigar a sair de casa em um domingão, pra ter q votar, aii...

    Preço da democracia, mas tudo bem, é melhor do que nem poder escolher.

    Vou deixar o meu filho meter o dedão na urna pra aprender como se faz, é educando os jovens que se faz um futuro melhor.

    Abraço a todos.

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  26. Amigo, 16/11/2011 13:56:00,

    concordo com os argumentos do SIM, pra querer a divisão, estão cansado com o descaso, agora, ligar a divisão a desenvolvimento, menos, é igual o cara que liga a chuva dentro de casa com a região q vive, te garanto q se sair de Belém e for pra Castanhal e não mandar consertar o telhado, vai continuar chovendo dentro.

    Como bem disse o Parsifal, o problema é que essa campanha virou uma molecagem estudantil.

    Só voto não pq ninguém tá me convencendo que pode melhor, até o momento, todos os meus estudos e anos de experiencia com comportamento humano sabe que não adianta dividir o grupo de pessoas despreparadas, isso só reduz a quantidade de pessoas mas não pressupõe desenvolvimento.

    Pensem bem nisso.

    ResponderExcluir
  27. Fiz um comentário extenso no tópico sobre a pesquisa, e não gostaria de repeti-lo aqui.

    O Fábio (13:31) explicitou muito bem o problema.

    Hoje, grande parte das demandas são das prefeituras (Saneamento, Saúde em nível básico, educação básica) que podem requerer diretamente ao Governo Federal recursos para aplicação em seu município - sem qualquer intromissão do Governo, via FUNASA, MEC, Ministério da Sáude, etc...

    Então levanto um questionamento. Se até hoje essas prefeituras nada fizeram, quem garante que elas passaram a fazer algo?

    Quem me garante que uma prefeitura que nunca tenha pago um projeto de abastecimento de água a um escritório de engenharia resolverá faze-lo? Por que essas mesmas prefeituras não tem equipe capacitada para captação de recursos?

    O problema não é de tamanho, é de político que não sabe administrar, seja um estado grande ou pequeno.

    O Governo não é santo e tb não trabalha direito. As estradas são ruins, a educação de nível médio não chega a todos os municipios e os hospitais de média e alta complexidade são localizados apenas nos polos regionais.

    Mas não dá pra colocar toda a culpa apenas no estado pelo baixo desenvolvimento estadual , já que as prefeituras - que poderiam fazer muita coisa - não fazem!
    Pq? Para colocar a culpa no estado?

    Outro argumento é a distância.
    Mas o IDH do Marajó (ao lado de Belém) é pior do estado. Portel Afuá, Melgaço. Pq eles não querem dividir?

    Espero contribuir com esse debate.
    Mas tb gostaria de colocar aquele comentário, apenas como reflexão: "estão prometendo chocolates suiços e montanhas nevadas depois da divisão, como se os políticos fossem trabalhar melhor após a separação. Por que não trabalharam sempre, desde antes dessa pseudo-separação?

    ResponderExcluir
  28. Meu caro Parsifal:

    Perdoe a insistência ou a minha ignorância, explique-me, por gentileza, como se dá tal matemática, haja vista que hoje o Pará recebe 2,9 bilhões anuais do FPE e com a divisão passará a perceber 5,9 bilhões. Como é que não dobra? Não entendi, por isto, lhe peço que me dê o esclarecimento matemático pra que eu possa compreender essa conta. Por favor!

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  29. 16:19:00,

    O FPE do Pará não irá dobrar. Não sairá de R$ 2,9 para R$ 6 bilhões. Os R$ 3 bilhões a mais será para os 3 estados.
    Acho que a confusão está na nomenclatura Pará. O Pará (remanescente) não dobrará ICMS. Os 3 estados juntos (Pará, Carajás e Tapajós) é que terão (juntos) um FPE aproximado de R$ 6 bilhões, por isto alguns afirmam, equivocadamente, que "o FPE do Pará dobraria.
    Fique à vontade para comentar e pedir mais explicações: é um prazer responde-las, sempre observando que as minhas colocações são baseadas nas minhas leituras, mas, eu também, embora tenha opinião formada sobre o assunto, também, tenho mais dúvidas que certezas. Prefiro assim: as certezas causaram, e causam, todas as guerras do mundo.
    Feliz e sábio o homem que têm dúvidas, pois elas podem ajudá-lo a não errar.

    ResponderExcluir
  30. Isso só expoe a necessidade da redivisão do estado, uma vez que com um territorio tão imenso como o do Pará, fica quase impossivel um desenvolvimento eficaz em sua totalidade territorial. Não podemos ser egoistas, pensar o Pará apenas como se fosse a capital, temos que ter a conciencia de que o morador do interior do estado merece também esse desenvolvimento. Portanto, nada mais justo que apoiarmos a criação dois estados irmaos (CARAJÁS E TAPAJÓS).

    ResponderExcluir
  31. O paraense não gosta do forasteiro que vem aqui a se aproveitar dos paraenses. Isso é rigorossamente certo. Ora, se não gostam de forasteiros, porque td o que permitem que nossas riquezas sejam mandadas para fora, a preços de banana?. Energia para o sul sudeste de graça, Belo Monte tem mais energia de graça. Vale não paga um tostão, de graça. Paraense não quer perder suas florestas e elas não saõ em 90% federais?.....Alguma coisa está errada. Não gostão dos paulistas dos forasteiros, mas a maioria das ações de políticas públicas são desenhadas por paulistas e extranjeiros. Concolrdemos, o paraense adora paulista, carioca e mineiros. E mais ainda se são de fora do Brasil.

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Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.