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O menos que vale mais

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Por incrível que possa parecer, o Banco Central consegue imprimir cédulas de real na Suécia e despacha-las para o Brasil, chegando aqui as cédulas mais baratas do que conseguiria fazê-lo na Casa da Moeda do Brasil.

A primeira leva de reais “Made in Sweden” chegou ao Brasil, sem alardes, em janeiro desse ano (2017). Foi uma leva de cem milhões de cédulas de dois reais pelas quais o Banco Central do Brasil pagou à sueca Crane AB, especializada em imprimir cédulas para diversos países, R$ 20,2 milhões.

Cada lote de mil cédulas de dois reais impressas pela Crane AB chegaram ao Brasil por R$ 202,05. Este mesmo lote, se impresso na Casa da Moeda, custaria R$ 242,73, 20% a mais do que impressas alhures.

A Casa da Moeda, que também já foi palco de operação da PF em 2015, que se cuide, pois além de produzir a preço mais alto ainda não consegue atender à demanda, que foi o que causou a busca da Crane AB.

Nas as notas de dois reais impressas na Suécia, além do valor de face, passaram, pela especificidade, a fazer parte do mercado de colecionadores de cédulas e o ramo já paga até R$ 4,99 por uma cédula sueca de R$ 2.

Portanto, se você tiver notas de dois reais sueca, não gaste e guarde, pois daqui a algum tempo poderá vendê-las por um valor bem superior ao que valem na face.

Como saber que o dois reais é sueco? Olhe a série no verso das cédulas. Se a numeração começar com "DZ", o dinheiro foi feito na Suécia. Outra maneira é observar o canto direito onde a inscrição "Casa da Moeda do Brasil" foi substituída por "Crane AB", como se vê explicitado pelos círculos vermelhos na imagem abaixo:

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