O dólar alto diminuiu as importações, mas o mercado exportador fez festa e começou a consolidar marcas nacionais no exterior, principalmente os alimentos e produtos prontos para o varejo, fazendo com que o Brasil tenha uma sub-rotina às comodities minerais e agrícolas, que agregam ínfimo valor à cadeia industrial.
São as exportações, aliás, que têm permitido aos empresários do setor driblar as dificuldades causadas pela recessão no mercado doméstico.
O mix tem de tudo: pão de queijo, lasanha, pizza, chocolates, bebidas, carne semimanufatura, biscoitos, cachaça e até vinhos.
Os maiores compradores são a Europa, EUA, América Latina e países árabes.
Mas no primeiro trimestre de 2016, as exportações do setor tiveram desempenho pífio, e a projeção do ano, com base no acumulado dos três meses de 2016 são preocupantes.
Abaixo um infográfico montado por “O Globo”, mostrando a evolução das exportações do setor de alimentos prontos e semimanufaturados, nos três últimos anos e no primeiro semestre de 2016:
Observa-se que, de 2014 para 2015, período da disparada do dólar, as exportações do setor cresceram em R$ 20,6 bilhões.
No primeiro trimestre de 2016, as exportações do setor somaram US$ 2,92 bilhões, o equivalente a R$ 10,8 bilhões, o que, projetado para os 12 meses de 2016, totaliza R$ 43,2 bilhões, menos da metade do que foi exportado em 2015.
Embora ainda alto, o dólar sofreu certa retração a partir de fevereiro de 2016, mas isso por si só não explica a acentuada retração das exportações do setor em comento, sendo necessária uma análise mais profunda das causas.
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