Pular para o conteúdo principal

Prefeitura de Belém já gastou R$ 53 milhões em propaganda

Matéria deste domingo (27), do Diário do Pará, reporta que a prefeitura de Belém gastou R$ 53 milhões apenas em publicidade, desde que o atual prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB), assumiu o cargo em janeiro de 2013, o que vem a ser um média de R$ 1,5 milhão por mês jogado no éter, pois, como eu sempre tenho insistido aqui, propaganda pública, disfarçada de publicidade institucional, é um dos maiores desperdícios existentes no Brasil e, no Brasil, o desperdício é muito maior que a corrupção, quando não está em simbiose com ela.

A matéria do Diário do Pará fez um quadro comparando o que poderia ter sido feito com os R$ 53 milhões estorricados - pelo menos para o erário, pois quem recebeu cozinhou bem e harmonizou com algum vinho de prisca safra – em propaganda:

Shot003

Comentários

  1. Prefeitura de Belém, sempre fazendo do geito serto.

    ResponderExcluir
  2. Seu Parsifal, e sobre essa denuncia do jornalista Lucio Flavio Pinto que a CDP pagou 960 mil reais ao Diário do Pará pela publicação do balanço da Companhia Docas do Pará, o que o senhor tem a dizer? O senhor sabe quantas bolsas-familia se poderia pagar com 960 mil reais?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tudo o que está na postagem do jornalista Lucio Flavio, apesar do respeito que tenho por ele e sua história, é absolutamente inverídico.
      1. Não foi o ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, que determinou a publicação. A publicação dos balanços das empresas públicas é uma determinação legal e a empresa que não o fizer no prazo é multada, juntamente com os seus diretores, que também responderão por improbidade administrativa se não o fizerem.
      2. A publicação não custou R$ 960 mil e sim exatamente R$ R$ 178.300,07.
      3. O processo licitatório para fazer a publicação não é feito pela CDP e nem pela Secretaria Especial dos Portos, de onde Helder Barbalho é ministro, e sim pela EBC, Empresa Brasil de Comunicação, que concentra a publicidade legal das empresas estatais, através do seu departamento de serviços, que pode ser acessado clicando aqui, onde o jornalista Lucio Flavio, se soubesse como funcionam as publicações de balanço da CDP, poderia ter ido buscar a informação correta (ou ligado para mim para perguntar antes - é o que fazem os jornalistas), e onde você, também pode se informar, através do e-mail da EBC, que está na referida página.
      4. Não tenho ideia de quantas bolsas famílias podem ser pagas com R$ 960 mil, a mentira, ou com R$ 178.300,07, a verdade, mas sei das minhas obrigações legais como presidente da CDP.

      Excluir
  3. Realmente deve ser muito mais importante estorricar 53 milhões de reais em propagandas publicitaria, do que investir esse dinheiro em Saúde, Educação e Segurança. Como disse o poeta, “estamos vivendo uma encruzilhada civilizatória”.

    ResponderExcluir
  4. parsifal, teriamos a possibilidade de criar uma legislação que proibisse e/ou limitasse os gastos publicos com publicidade?? esses valores são sempre absurdos!! e as PEPPERS e GRIFFOS da vida vai ficando ricas...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, legalmente é possível, mas o lobby e a força das empresas de publicidade e da imprensa em geral, cuja maioria vive dos recursos públicos de publicidade é muito grande.
      Uma das vezes em que relatei o orçamento do Estado, tentei reduzir a verba de publicidade: não só não consegui aprovar a emenda, como quase sou mandado para a Sibéria.

      Excluir
    2. hehehe!! a verba dessa relatoria se manteve ou aumentou? abs

      Excluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.