Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Sim, é um belisssimo canion, mas eu prefiro manter distancia de lugares assim, e contemplá-los só em fotografias.
ResponderExcluirVi um programa sobre a islandia, vi uma passarela sobre enormes fendas, não pretendo caminhar naquelas passarelas jamais.
E os portos brasileiros, Parsifal, como estão funcionando?
desde os tempos do governo fhc, tenho lido que os portos brasilerios aumentam muito o custo brasil, e prejudicam a competitividade do país. Naquele tempo, diziam que o finado Mario Covas dificultava a aprovação de leis que iriam solucionar esse problema.
volta e meia comparam os portos brasileiros com os de outros paises, o preferido para comparações é o de Rotterdam. leio coisas do tipo: em Rotterdam X custa 20 dolares, no brasil X custa em media 500.
li que as empresas são obrigadas a contratar manobristas, e só podem contratar manobristas filiados a uma organização (sindicato , associaçao, ou coisa parecida) e que eles cobram fortunas para fazer um serviço simples e até desnecessario, segundo alguns.
li que para operar um guindaste são obrigados a pagar meia duzia quando bastaria um, e assim por diante.
e sobre a carissima navegação de cabotagem, para trajetos dentro do pais, como está a situação? li que um navio para o qual são necessarios 3 precisa ter 20 marinheiros, ou algo parecido. E os preços para navegação de um porto ao outro são carisimos. Fiquei com a impressão de que o transporte em Belem e Santos ficaria mais caro do que o transporte para a Holanda e de lá para Santos. Esses preços altos além de dificultar os negocios entre as regiões do brasil causam engarrafamento nas estradas.
antes de meter a mão no bolso dos brasileiros deveriam resolver esses gargalos que perturbam o desenvolvimento do pais.
Discordo de você quanto aos cânions: gosto de passear por esses prodígios da natureza.
ExcluirQuanto aos portos, concordo plenamente.
Se tomarmos como marco inicial o dia 28 de janeiro de 1808, quando dom João de Bragança abriu os portos brasileiros para o mundo, podemos dizer que melhoraram muito, mas se formos comparar com Roterdã vamos morrer de tristeza.
Não precisa ir tão longe: aqui mesmo, na América Latina, o porto de Cartagena, na Colômbia, tem preço médio até três vezes menor que no Brasil.
Não há milagre e nem golpe de gestão que faça o componente portuário ter menos peso específico no custo Brasil, a não ser a privatização dos portos públicos e a abertura, para quem quiser fazer o seu próprio possa construí-lo.
No livre mercado, tem uma varinha de condão infalível para diminuir custos e recepcionar boa gestão: livre concorrência. O governo tem que dizer a regras, quem tem que jogar é a iniciativa privada.
Esperamos desde o ano passado para o mês que vem, por exemplo, a concessão à inciativa privada (no governo falar em privatização pode resultar em Processo Administrativo Disciplinar) dos portos de Vila do Conde, Belém, Miramar, Outeiro e Santarém. Segundo o ministro dos Portos os editais começam a sair agora em outubro (ele disse “o mês que vem”, no início de setembro). Eu disse que isso seria uma das maiores ações em favor do Pará, que o governo poderia fazer, pois da forma como está o governo briga com o operador do porto e o dono da carga para que eles não sejam bem sucedidos.