As carpideiras do PIB continuam a lastimar a expectativa de retração, que de 1,5% há até um mês, agora passou para 1,7%. Se as previsões se realizarem no final do ano, a crise terá retirado R$ 90 bilhões do mercado.
Juntado isso à expectativa de uma inflação, em 12 meses, de 9,15%, taxa Selic esperada de 14,5% até dezembro e a majoração dos preços administrados em cerca de 14%, dá uma indigestão que arreda para 2017 a recuperação econômica do país.
Só tem um jeito de amainar a rebordosa da conta, se queremos mesmo pagá-la: a Dona Dilma deixar a crise em casa e sair arrumando investimentos de além mar.
Mas nada de mera transferência patrimonial, como temos visto, de empresas bilionárias estrangeiras comprando empresas nacionais para aumentar o portfolio das suas corporações. Precisamos de dólares novos em investimentos novos, pois isso injetaria gás na economia local.
Mas a alta do dólar melhorou a expectativa para a balança comercial, que subiu de US$ 5,5 bilhões para US$ 6,4 bilhões até agora, o que fornece alguma estopa para calafetar as goteiras das contas externas.
De resto, é fazer figa e aguentar a dor com o bastão entre os dentes para não moder a língua, pois se o Planalto, ao ouvir os gritos, arrefecer o torniquete, o brejo alcança a vaca, começam de novo as tais políticas anticíclicas, que de temporárias passaram a ser permanentes nos últimos 8 anos, e o resultado da subversão econômica estamos assistindo.
Portanto, como dizia a minha avó Ciló, uma das curandeiras mais afamadas da minha infância, quando preparava as suas poções para o enfermo, “aguente firme e não vomite: o gosto é ruim, mas o elixir é bom”. E ainda emendava, quando o cliente enrugava a testa: “se vomitar fica mais caro, pois paga do mesmo jeito e não tem efeito nenhum”.
Com um olhar grave de criança que achava que herdaria os dons da minha avó, eu balançava a cabeça afirmativamente, para reforçar-lhe a ameaça.
o superavit so aumentou porque as importacoes cairam muito
ResponderExcluirna minha opinião, Levy e seus asseclas estão equivocados, parte deles se equivoca sinceramente, pensam que um governo realmente é como uma empresa, outros são sádicos e interesseiros. Um governo não é como uma empresa porque um governo pode e deve emitir moeda. Os bancos são interesseiros, querem que só eles tenham dinheiro para emprestar a altos juros para todo mundo. AS vezes, algum juiz honesto se julga impedido de julgar algum caso porquenão é neutro. A opinião dos bancos e profissionais do meio financeiro não deveria ter grande peso porque eles tem interesses conflitantes com os da maioria.
ResponderExcluirOs governos devem ser severos com os empreendedores, impor-lhes bom comportamento, mas não deve passar o tempo todo para ver quem está indo bem para lhe prejudicar, como fez a dilma com as empresas elétricas.
Os probelmas exonomicos devem ser resolvido com detalhes, sem consultar economistas, como fazia amador aguiar, que não lia livros de economia para não cometer erros.
tem esse problema da fuga de dólares. Minhas sugestões: cobrança de imposto sobre ultrapassagem de fronteiras de todos os brasileiros e estrangeiros residentes no brasil que viajarem ao exterior, dá para atingir qualquer meta nesse ponto, tem uma taxa para reduzir em 50%, tem outra para reduzir em 80%, etc. Eu sugiro começar a cobrar 1.000 reais de cada brasileiro que sair do pais de avião. Além disso, fiscalização pormenorizada de todos que entram e cobrança de taxa de fiscalização para quem trouxer qualquer produto do exterior na bagagem, além dos impostos que já são cobrados.
Automoveis: aumento do imposto de importação.
não gosto de desvalorização da moeda nacional.
“Um governo pode e deve emitir moeda”. Sim, um governo pode emitir moeda, mas só deve fazê-lo se houver lastro para tal, ou estará apenas emitindo um cheque sem fundos e desvalorizando o valor monetário da face do papel.
Excluir“Os problemas econômicos devem ser resolvido com detalhes, sem consultar economistas, como fazia Amador Aguiar, que não lia livros de economia para não cometer erros”.
Errado: Amador Aguiar sempre se cercou dos maiores economistas e administradores do Brasil e pautou as suas ações através do conselho que deles obtinha. Aprovou tanto a gestão colegiada que a partir de 1960, quando o Bradesco se mudou para Osasco, foi instituída a presidência e diretorias executivas e o Conselho Superior de Administração, todos compostos ou assessorados pelos maiores especialistas em direito econômico e tributário do país.
Em 1981, Amador Aguiar, reconhecendo a dedicação aos estudos pertinentes à área macroeconômica bancária, que lhe valeram o título de doutor honoris causa em economia e administração e a eficácia econômica com que exercia a vice-presidencia, passou a Lázaro Brandão a presidência do banco. Depois de Brandão veio Márcio Cypriano, doutor em direito econômico pelo Mackenzie, que passou o bastão a Luiz Trabuco, doutor em filosofia e ciências políticas e econômicas pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
A moeda se valoriza ou se desvaloriza pelo teor do mercado e pela condução macroeconômica do seu lastro e não porque alguém gosta ou não desse movimento, pois o Brasil não é uma ilha isolada do mundo e a macroeconomia global impõem regras supranacionais das quais não é possível nenhum país do mundo se arredar.
Eu detesto dentistas, mas acabei de sair de um.
o senhor poderia explicar qual o sentido da palavra lastro, empregada no primeiro paragrafo?
Excluirquanto a Amador Aguiar, ele se gabava de não ler livros de economia para não cometer erros, eu li isso antes da internet. Não posso duvidar que ele tenha contratado economistas. Especialistas em direito economico e tributario é outra area, é area do direito, eu penso.
ResponderExcluirnesse blog consta um pouco sobre o que eledisse, e tb explica como os bancos emitem moeda, ou fazem o equivalente a emitir morda, não quero discutir semantica.
http://www.zedirceu.com.br/interacao-dos-multiplicadores-de-moeda-e-renda/
Meu pai dizia, quando eu tentava repetir atitudes que já tinham funcionado antes, que “a volta que o carneiro deu não é a mesma que o carneiro dá”.
ExcluirVeja, que você, que desacredita em economistas e acha que eles não devem ser consultados, vale-se da lavra de um dos mais renomados economistas do Brasil, para ratificar sua “semântica”.
O autor do artigo que você envia é Fernando Nogueira da Costa, doutor em Ciência Econômica pela UNICAMP e professor de Teoria Monetária e Financeira da mesma universidade.
Assim como chega um momento em que não é possível ignorar a ciência econômica, também há um momento em que não é possível ignorar a semântica, que é uma ciência que rege uma das atividades imprescindíveis ao ser humano: a comunicação.
O direito econômico e tributário não são “outra área”: são áreas intrinsicamente ligadas à economia, como, aliás, o próprio nome diz. São eles que regem, do ponto de vista legal, as atividades econômicas, portanto, não é possível labutar na economia sem o direito afim.
A semântica, ou o desconhecimento específico dela na área discutida, impediu você de compreender o que o professor doutor Nogueira da Costa escreveu. Ele não afirma que os bancos podem emitir moeda, na acepção de unidade financeira de valor (papel moeda), pois isso só o Tesouro pode fazer. O que ele explica é como o sistema bancário expande (duplica usa ele) a o fluxo monetário, e discorre, com maestria, o método.
O que Nogueira, na verdade aborda é a necessidade do depósito compulsório para que o Tesouro possa garantir um montante seguro de lastro no fluxo monetário que o sistema bancário gera com as entregas, tomadas e repasses, pois se não houvesse o depósito compulsório que os bancos estão obrigados a fazer sob um percentual do eles declaram que têm contabilmente, poderíamos ser surpreendidos, eventualmente, com a constatação de que a “moeda” corrente no mercado é muito menor do que o fluxo financeiro declarado.
Isso ocorreu nos EUA, na crise dos derivativos, quando, não mais que de repente, o Tesouro descobriu que a moeda corrente era muito menor do que a declarada pelos bancos, e foi a quebradeira geral quando todo mundo correu para liquidar, gerando a crise mundial.
Isso ocorre na Grécia, quando os bancos tiveram de ser fechados e limitados os saques, porque a moeda corrente era muito menor que o fluxo financeiro declarado e se todos fossem liquidar os depósitos (fazer saques) a moeda corrente acabaria antes da fila chegar na metade.
E porque a Grécia simplesmente não fabrica moeda, como você sugere? Porque a moeda não tem lastro e seria cheque sem fundo, sem nenhum valor. Por isso eles tiveram que recorrer a empréstimos externos, para buscar moeda lastreada.
Portanto, voltando às voltas do carneiro, assim como você tem a responsabilidade de só emitir um cheque se você tiver o saldo correspondente, o Tesouro tem que ter a responsabilidade fiscal de só emitir moeda se tiver lastro.
se o sistema bancaria duplica, tripllica ou multiplica por dez, o efeito é o mesmo do ue a emissão de moeda por parte do governo. Na pratica, o governo e os bancos são concorrentes na emissão de moeda, cada um com seus metodos.
ResponderExcluirexiste o m1, m2, m3 em4, o m4 engloba tudo. Na minha opinião, o nivel de m4 deve ser coerente com a capacidade dos meios de produção. Para um dado valor de m4, se o governo emite mais, os bancos precisam trabalhar (multiplicar) menos, e o contrario tb é verdadeiro.
antigamente existia lastro em ouro, isso foi abolido em quase todos os paises por volta de 1940.
Não, os efeitos são totalmente diferentes. Fluxo monetário sem freios e sem emissão lastreada é prenúncio de catástrofe financeira. Daí porque a necessidade dos depósitos compulsórios, exatamente para prevenir a irresponsabilidade bancária.
ExcluirO fato do ouro ter sido abolido como lastro não significa que a necessidade do lastro deixou de existir. E o ouro não foi abolido como lastro, ele apenas deixou de deter a exclusividade da reserva de emissão para compor o lastro juntamente com outros elementos mensuráveis, cuja métrica passou a ser o PIB, daí porque quando a dívida pública, para os efeitos da contabilidade pública, ultrapassa o PIB, a tragédia está anunciada, da mesma forma que você entra em dificuldades se o estoque da sua dívida ultrapassa a totalidade do seu salário.