A rica cidade de Boston, nos EUA, recusa sediar a Olimpíada de 2024

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O estado de Massachusetts, nos EUA, é um dos maiores polos financeiros dos EUA. Com um invejável PIB de US$ 462,7 bilhões em 2014, o equivalente a R$ 1,7 trilhão, maior que o PIB do estado de São Paulo, em 2014, que foi de R$ 1,3 trilhão, teve a sua capital, a cosmopolita Boston, escolhida, nos EUA, para sediar as Olimpíadas de 2024.

O contribuinte não se entusiasmou e quis saber o quanto isso custaria. O prefeito da cidade, Martin Walsh, foi à TV com aquela conversa de que o evento custaria só US$ 8,6 bilhões, mas que a cidade não gastaria nem um tostão e que tudo viria de investimentos privados: aquela mesma conversa da Copa por aqui.

Mesmo sendo os EUA, onde é padrão o investimento privado em serviços públicos, a população de Boston deu de ombros e disse que não quer nem saber de olimpíadas por lá e que se os EUA quiserem sediar o evento em 2024 que procure outra cidade, e que preferem que o setor privado pegue os US$ 8,6 bilhões e invista em segurança pública, melhores escolas e moradias.

O prefeito Walsh não teve opção e comunicou a decisão ontem (27), ao Comitê Olímpico Internacional.

O Brasil, como não tem problemas nessas áreas, gastou mais de R$ 20 bilhões na Copa e, segundo os organizadores da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, os custos do evento passarão os da Copa e deverão atingir, pelo menos, R$ 37,7 bilhões.

Mas, dizem os promotores, que não nos preocupemos, pois, como na Copa, esses investimentos serão revertidos em serviços que gerarão progresso, desenvolvimento, promoção do Brasil no exterior, aumento de turismo e etecetera e tal, ou seja, tudo aquilo que não ocorreu com a Copa, mas, para nosso consolo, recebemos vários elogios na organização.

Ouço muito que o problema do Brasil são os políticos. Prefiro falar da solução, que são os eleitores, afinal, sem eleitores não há eleitos, et pour cause…

Comentários

  1. são os politicos, sim, e parte dos eleitores estão oprimidos, sufocados.

    a unica maneira que conheço (fora o uso de metralhadoras, gases,etc) de melhorar os politicos tem como primeira etapa o voto nulo e voto em branco, que seria o ponto de partida para anular as eleições com a pressão popular e mudar tudo nas leis eleitorais.

    mas os xxxxxxxxx estão bem protegidos, volta e meia alguma otoridade lembra que fazer campanha pelo voto nulo ou voto em branco tem como pena prisão não sei por quanto tempo.
    por causa dessa lei sinto-me oprimido. Eu quero que qualquer um possa se inscrever para concorrer, sem precisar estar filiado a partidos. É um absurdo que seja tão dificil se inscrever ou formar um partido que nas ultimas eleições uma candidata a presidente que já teve 20 milhões de votos não conseguiu se inscrever e teve que entrar como vice num partido pequeno (e as oscilações provocadas na bolsa de valores levaram a pratica de varios crimes financeiros que ficaram impunes).

    ontem mo noticiario da globo falaram sobre assaltos no Brás, na cidade de são paulo. Bandos de 8 cercam a vitima e arrancam celular, carteira, etc. Ao anoitecer entra uma quadrilha que maltrata bastante as vitimas. Não é mais como antigamente, em que ameaçam, eles já chegam batendo na vitima. Em São Paulo penso que não é dificil conseguir um emprego... Infelizmente na tv só falaram em policia, sem acusar os deputados e juristas que tem mais culpa do que a pollicia pela delinquencia, e que poderiam e deveriam mudar isso, a policia não pode.

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    1. Você conseguiria colher bananas de uma árvore de abacate?

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    2. seu argumento é totalmente falho, a comparação não é valida. Os partidos fazem uma seleção negativa dos candidatos.
      assim como a gente encontra gente boa para trabalhar em alguns serviços caseiros (corte de grama, capina, etc) eu também encontraria gente boa pra votar se as inscrições fossem livres.
      se fosse como eu desejo, a candidata marina estaria inscrita para presidente desde o inicio. não sei se mudaria o resultado, mas no minimo teria havido menos stress no pais.

      e aquela minha sugestão de o eleito perder o mandato se os eleitores retirarem os votos não daria desordem, caro Parsifal, poderia haver prazos para não haver eleição todo dia, digamos, poderia ser uma eleição a cada trimestre ou a cada semestre, para os casos de politicos depostos pela retirada do voto dos eleitores.

      falando de detalhes, mas os detalhes são importantes, a justiça deveria ter olheiros, que deveriam ser testemunhas para delitos praticados nas ruas.
      nos estados unidos tem algumas diferenças importantes na area da segurança: policia municipal, muitas policias, alguns juizes eleitos.

      o senhor lembra quantos votos nulos, em branco e ausencias houve nas ultimas eleições? A midia nunca dá o devido destaque a isso.

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    3. Não, o argumento não é inválido porque ele é factual e irrevogável. É uma lei natural. os políticos não vêm de Marte e sim do canavial onde você e eu estamos. A seleção partidária é apenas um método e qualquer método que você imaginar, os políticos continuarão saindo do meio do povo onde vivem e não importados do Paraíso.
      E enquanto nós ficarmos procurando culpados fora do tecido social, na base de o culpado "é ele" e não eu, jamais sairemos da árvore que plantamos.
      Há 70 mil candidatos nas eleições para serem escolhidos e sempre são eleitos os mesmos. Se o eleitor nivela por baixo o problema está no eleitor.
      Não há elemento isolado na sociedade. O Brasil é o conjunto de políticos, eleitores, justiça, eu, você, fiscais, olheiros, policiais e profissionais em geral.
      O Brasil somos nós. Os culpados somos nós, os vencedores somos nós e os derrotados somos nós.
      E não se esqueça: de canavial não sai uva.

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    4. atualmente é raro os bons se inscreverem porque eles tem alergia aos partidos, e dificilmente são aceitos nos partidos.

      há alguns anos alguns argentinos queriam que todos os eleitores inscritos fossem automaticamente candidatos, tb é uma boa idéia, eu penso.
      o brasil somos nós, não é bem assim, o Parsifal é mais Brasil que eu porque suas idéias estão predominando, e não as minhas, então tenho menos culpa pelo que aí está. Tenho certeza que o senhor vai dizer que se minhas idéias predominassem a situação estaria pior.
      a mim parece que o eleitor não elege sempre os mesmos, e aqueles que estão escolhendo são uma paarte da população talvez não muito além da metade, ou quem sabe menos que a metade.
      não possso garantir que serão escolhidos melhores pessoas caso minhas ideias fossem implantadas, mas posso garantir que se for realmente livre a inscrição encontrarei melhores candidatos para o meu voto.

      não sou olheiro, a justiça não me paga salarios para ser testemunhas. Essa idéia de haver olheiros eu tive quando vi um policial as voltas com uma ocorrencia: um casal dava golpes numa praça, a mulher se chegava em algum senhor idoso, o distraia com sua conversa e seu comparsa aproveitava a distração para lhe retirar a carteira, todo mundo sabia disso. O golpista dizia ao policial que o senhor idoso desrespeitou sua mulher... se a justiça tivesse funcionarios olheiros, ou se aceitasse as informações dos policiais, essse tipo de delito não tinha vez.

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    5. Não. Tem muita gente boa, capaz e competente que se candidata e que mudaria o perfil da política nacional se fosse eleita, mas ficam entre os menos votados. Sim, o eleitor tem, desde que começou o processo eleitoral direto no Brasil, mantido uma elite política no poder. Quando muito, mudam os nomes, mas a substância é a mesma.
      Não tenho a pretensão de dizer que o que você propõe piora ou melhora o sistema, pois a democracia é um processo que aceita tudo, apura, depura, ou deturpa, dependendo de quem a maneja. Também não me eximo de minhas culpas assim como não abro mão das minhas conquistas.
      Claro que quem tem mais poder tem mais responsabilidade e, se errar, maior escala de culpa. Não obstante, ter mais poder e ideias predominantes não é uma questão política, mas sociológica. Como em tudo na vida, há uma seleção de ideias que montam o tecido social e elas não vêm apenas de políticos, mas de pessoas que sobressaíram do grupo em todas as profissões e atividades.
      Isso, todavia, não diminui a responsabilidade do todo, pois a métrica se faz pelo mícron, pelo metro e pelo quilometro. Na régua, um não existe sem o outro e para chegar no maior tem que passar pelo menor.
      E por mais que se faça versos e reversos, voltaremos ao axioma inarredável de que bananas se colhem de bananeiras. Mas isso não é um determinismo, pois o coletivo pode mudar o particular. Não é possível colher abacate de bananeiras, mas é possível colher uvas de dentro de um canavial: é só plantar videiras no meio dele. Mãos à obra.

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  2. Parsifal;

    Endosso todo o seu arrazoado sobre a autenticidade da participação popular na carreira dos maus políticos se o TRE abrir um tempo igual a somatória de todos os tempos dos partidos, para que pessoas do povo se inscrevam para criticar as candidaturas políticas apresentadas no programa eleitoral. Aí sim teríamos o direito ao contraditório garantido. Fora disso é manipulação de opinião através de propaganda seletiva.

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    1. E quem iria escolher essas pessoas do povo que se inscrevessem, para se pronunciar? Elas teriam que se organizar para fazer uma pre-seleção? Como seria manipulada essa pre-seleção?
      A roda já foi inventada e é redonda. Tudo o que mais que fizermos não vai melhorar e nem piorar o sistema, apenas torná-lo diferente e específico. O que precisamos é de responsabilidade, todos.

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  3. nesse mandiocal todo so os politcos ficam com as benesse,um dia o povo cansa ai quero ver quem vai levar a mandioca.

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  4. Dr Nelson Medrado do MPE, Uruará precisa de sua justiça.

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