Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Caro Deputado,
ResponderExcluirApenas uma correção à nota do Diário: não é desde dezembro passado que as construtoras estão sem receber pelas obras realizadas nas escolas estaduais, e sim desde agosto de 2013, são mais de 50 pequenas empresas que estão numa verdadeira pindaíba, prestes a quebrar, sendo obrigadas a recorrer aos bancos ou aos agiotas para honrar seus compromissos, quer com fornecedores, quer com funcionários. Enquanto nosso governador entre um transbordo e outro no seu tour pelo mundo, gaba-se dos investimentos na educação a partir de empréstimo junto ao BIRD. Só propaganda! que investimento que nada, só lero, lero, que está comprovado com a vergonhosa e constrangedora retirada da grama na escola em Santarém por falta de pagamento, um verdadeiro trambique nos empreiteiros, que assistem revoltados essas fanfarronices do governador patrocinadas com os recursos dos pequenos empresários que suportam achaques para receber pelos serviços prestados. Se os construtores pudessem, com certeza também retirariam as obras realizadas nas escolas, pelas quais não viram um centavo.