O “Grande Irmão” chegará bem depois do previsto na distopia de George Orwell, 1984, mas desde o raiar do século XXI está cada vez mais difícil fugir dele.
A sonegação tem que ser combatida, mas o totalitarismo tributário está prestes a colocar uma webcam dentro da nossa casa e inaugurar a onipresença da sua opressão.
O programa de declaração da Receita Federal 2013, agora divide os rendimentos “Isentos e Não Tributáveis” em duas sub-rotinas: “Transferências patrimoniais – doações, heranças” e “Transferências patrimoniais – meações e dissolução da sociedade conjugal e da unidade familiar”.
É que no primeiro caso, embora não incida imposto de renda, há incidência do “Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação”, um imposto estadual muito sonegado, pois os estados não têm estrutura para vasculhar, junto à Receita Federal, o que é o quê nas declarações até 2012, pois tudo era jogado em uma só cesta.
A partir de 2013, o contribuinte terá que se entregar na sub-rotina: quem declarar algo na primeira coluna será imediatamente entregue ao Estado, que vai mandar a conta com a devida multa e juros.
> Outros rugidos do Leão:
1. Cruzamento da residência do contribuinte e o IPVA de algum veículo, declarado em seu nome, pago em outro Estado, porque é mais barato: a exportação do IPVA dá multa e o esperto muquirana terá que pagar imposto retroativo para o Estado onde mora.
2. Maior cerco no cruzamento de despesas médicas, previdência privada e compras com cartão de crédito.
3. A “moda” de fornecer CPF nas compras de bens e serviços, para ganhar um prêmio, estoca uma espetacular base através da qual a Receita verifica as suas despesas e as contrapõem com a receita declarada: caso os gastos não estejam compatíveis, você receberá uma cartinha do Leão exigindo explicações. E o Leão é vacinado contra explicações.
> Aproveite o tempo que lhe resta
Se você vive às turras com o Leão, aproveite os seus derradeiros dias de sonegador, pois está chegando o tempo em que se você vendeu uma xícara de café e não recolheu, o Leão vem atrás do indébito e lhe toma a garrafa térmica.
E pensar que a Inconfidência Mineira foi porque Portugal resolveu cobrar “apenas” 20% de impostos, o famoso quinto.
Deputado,resumindo : Nós "tá ferrado" !
ResponderExcluirMas o meu consolo, é saber que os grandes e maiores sonegadores,estão mil veses mais ferrados,que nós,pobres e mortais trabalhadores,que no fundo mesmo, é quem carrega esse país.
Não tem pra onde correr, só mudando de país. Daqui a pouco, vão controlar a internet "que nem igual" está acontecendo nos EUA.
ResponderExcluirMas sabe deputado, o que é mais revoltante? O Estado é bom em monitorar o cidadão e recolher impostos, tanto que, ano e após anos, há recorde de arrecadação, entretanto, o pior é p destino e a aplicação desses impostos, o quanto de dinheiro público é desviado, o quanto de obras públicas são paralisadas e não concluídas, ou seja, o ralo do desperdício é grande.
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