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Índios Munduruku cometem crimes em Jacareacanga

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Alguns dos meus amigos de infância são índios Assurini, da aldeia Trocará, às margens do Rio Tocantins.

Respeito os direitos dos índios, mas o fato de lhes existir um passivo não os autoriza um comportamento acima das leis, reagindo às vicissitudes com atitudes criminosas.

> Crime contra o patrimônio público e cárcere privado

O que ocorreu em Jacareacanga, onde índios Munduruku atearam fogo no prédio onde funcionava o destacamento da Polícia Militar, constitui crime contra o patrimônio público, mesmo sob a alegação de que o ato se faz em represália ao assassinato de Lelo Akai, um membro da tribo.

Devido ao pânico que os índios implantaram em Jacareacanga, o Estado enviou policiais para negociar uma trégua, mas os "guerreiros" não quiseram conversa e fizeram os negociadores de reféns, o que constitui cárcere privado.

Os "guerreiros" exigem a entrega do assassino de Akai, para que possam fazer justiça, ou seja, assassinar o assassino.

> Ilícitos cometidos usando a inimputabilidade como escudo

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A inimputabilidade penal indígena desenhou-se na circunstancia de que o índio teria uma condição especial, por se encontrar em estado de completo isolamento selvagem, o que não mais é correspondente à maioria das tribos: elas interagem com os demais membros da sociedade e têm plena consciência da ilicitude dos seus atos, praticando-os com destemor porque sabem que esses ilícitos são tolerados pela República.

Os detentores da ação penal precisam ser tão severos com os crimes praticados por índios integrados como o são com qualquer outro cidadão brasileiro, para que eles não mais se escondam atrás da sua relativa inimputabilidade para cometer crimes como o que se passa agora em Jacareacanga.

Ou então que se autorize qualquer cidadão a juntar a família e atear fogo em prédios públicos quando um dos seus for injuriado, e ainda mantenha em cárcere privado quem for conversar com eles para pedir a parar com isso.

Comentários

  1. jogasse uma bomba na tribo e pronto!

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    1. ei vc anonimo vc com esse pensamento podre quem é vc para dizer isso se jogamos uma bomba em seu parente será que vc ía gostar se ligar

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    2. acho que uma bomba é pouco...napalm seria mais eficiente!

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  2. André - UEPA06/07/2012, 09:13

    Concordo plenamente com os comentários acima. Estes índios são totalmente culturados, politizados, sabem de todos os seus direitos, e abusam deles. Só são índios quando interessam, como é o caso supracitado, aí não existe deveres, apenas direitos, podem tudo, fazem tudo, porque são índios e "não"sabem o que fazem, se tornam aculturados e vale as leis deles. Aqui na região índios aprontam, se embriagam, roubam, agridem, mata e nada acontece. Até quando isto? Se você agride um índio, a lei é pesada sobre você( apenas um exemplo), mas se for o contrário, nada acontece. Isto tem que mudar, e vocês formadores de opinião devem abraçar esta causa.

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  3. Concordo plenamente com o seu ponto de vista. Podemos fazer inclusive um paralelo com a relação de exigências feitas pelos índios ao projetos em andamento.

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  4. quando fucionario me pegaram na aldeia kaburua

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  5. Luiz Mário de Melo e Silva06/07/2012, 13:50

    Qualquer intelectual, erudito ou coisa que o valha sabe que em momento de extrema necessidade o mais frágil dos seres REAGE DE MANEIRA DESCOMUNAL... É isso que ocorre com a Amazônia, em geral, que ainda tem que lidar com a hipocrisia, a demagogia, a CORRUPÇÃO. Estamos vivendo um novo tempo: a internet está aí e a Amazônia também para fazer vale isso. Portanto, muito cuidado ao falar do índio,pois, numa escala genealógica, todo mundo respeita seus pais, seus avós, seus bisavós...

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    1. Olá Luiz,
      A minha avó paterna era uma mameluca: a minha bisavó paterna era uma indígena, não se sabe se Assurini ou Gavião. Meus avós maternos eram turca (a avó) e sírio (o avô). Portanto, a miscigenação está presente em meu sangue e eu não tenho a mínima vocação para desrespeitar etnias.
      Reagir a situações extremas com extremos é uma característica do ser humano e não um direito de etnias indígenas. O Estado tem a obrigação de conter os extremos e punir os atores conforme a lei, sob pena de voltarmos à autotutela e à barbárie.
      A inimputabilidade relativa dos índios não pode estar presente nas etnias já incluídas e integradas, como é o caso dos Munduruku de Jacareacanga, cuja tribo e aldeia eu conheço pessoalmente.
      No Brasil, as tribos não integradas são aquelas que, a partir da medida antropológica (corretíssima) da FUNAI, decidiu não fazer contanto e isolar-lhes as áreas de peregrinação. Não há mais que uma dezena de tribos nessa condição. Todas as outras etnias estão integradas e a elas não se pode dar o direito de cometer crimes comuns escondidas atrás do manto da inimputabilidade.

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    2. Luiz Mário de Melo e Silva06/07/2012, 14:41

      A originalidade das tribos, para iniciar uma discussão, está sendo sufocada no nascedouro com o beneplácito do governo que tem o papel de dirimir conflitos,todos, infelizmente num relativismo que mantém o status quo da civilização (e por que não, barbárie?!), sempre em favor dos poderosos. Olhando o bosque Rodrigues Alves, em visão panorâmica, o raciocínio fica mais claro, pois a floresta (a natureza) é sufocada, embora haja o discurso oficial do respeito aos direitos.

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  6. Luiz Mário de Melo e Silva06/07/2012, 14:48

    A originalidade das tribos, para iniciar uma discussão, está sendo sufocada no nascedouro com o beneplácito do governo que tem o papel de dirimir conflitos,todos, infelizmente num relativismo que mantém o status quo da civilização (e por que não, barbárie?!), sempre em favor dos poderosos. Olhando o bosque Rodrigues Alves, em visão panorâmica, o raciocínio fica mais claro, pois a floresta (a natureza) é sufocada, embora haja o discurso oficial do respeito aos direitos.

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  7. Outro dia li num jornal que um juiz paraense havia encontrado "muita incoerência" nos depoimentos da doméstica menor de idade, oriunda de um interiorzinho, sem nenhuma base cultural e que teria sido abusada sexualmente pelo patrão, um doutor da capital, rico ex-deputado estadual. E por esta razão absolveu o acusado.

    É sempre assim. Quando os mais fracos procuram o caminho da justiça dos homens, são ludibriados pela dialética cínica e comprometida dos poderosos; quando apelam para a ignorância, são reprovados e aí se lhes confere uma "civilidade" que do outro lado chamam de incoerência.

    Concordo plenamente com a revolta dos indígenas de Jacareacanga, de Belo Monte, etc. Com muito atraso, digo que a população brasileira já deveria estar reagindo de modo semelhante aos atos de corrupção institucionalizada que estão dominando as instituições deste país, com raras exceções.

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  8. Luiz Mário de Melo e Silva07/07/2012, 15:59

    De maneira geral a História deste país sempre foi a da humilhação da minoria pela maioria. Numa escala geográfica: a cultura de um povo foi sufocada pela de um continente. Mas, tem mais...

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    1. Concordo plenamente com o conteúdo da sua argumentação. Discordo da forma como se fundamentam as reações: se todas as minorias resolverem tocar fogo em prédios públicos e fazer reféns para tentar garantir seus direitos, não restartá à República outra coisa, mas o caos

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    2. Luiz Mário de Melo e Silva09/07/2012, 10:13

      Que república?! Pois será que já não estamos vivendo o caos com a SEMPRE PROGRESSIVA (a redundância é proposital)CORRUPÇÃO, onde o estado faz de tudo para manter o status quo, corrompendo o próprio significado e os valores caros à humanidade? Quando a minoria REAGE diante do massacre que sofre é o caos? A elite, a burguesia sempre assim pensaram...

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