Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.
Parsifal
ResponderExcluirNas entrelinhas do artigo de Paulo Fernandes, logo se pressente sua tendência ideológica pendendo para a esquerda petista, de forma mais evidente, quando ele se refere aos 12 anos de poder do PSDB no Pará de forma contestatória,ao sublinhar em seguida ( e exaustivos). Em verdade meu caro Paulo, exaustivos mesmo foram os quatro inúteis anos de Ana Júlia Carepa, que não fez outra coisa no seu governo, a não ser escangalhar tudo o que o (exaustivo) governo do PSDB construiu ao longo de 12 anos, ou voce com toda essa cultura acadêmica acredita em papai-noel para justificar a volta de Jatene ao Poder derrotando Ana Júlia? Desculpe amigo, mas política partidária é como no casamento - a traição anda de mãos dadas com o amor, e quando o amor acaba, quer por incompetência ou por outra paixão à primeira vista, a separação é inevitável. No caso, o PT multifacetado do Pará, derrotou a Ana Júlia e destruiu o casamento com o PMDB. E não esqueça que Ana Júlia só chegou ao governo, graças a ingratidão e o egocentrismo de Almir Gabriel, a mesma traição e egocentrismo com que ele - Almir Gabriel, irônicamente, derrotou Ana Júlia Carepa e devolveu com sua palhaçada o governo ao PSDB de Simão Jatene. Desculpe, mas essa é a análise mais sensata e correta. Um grande abraço.
Análise sensata e correta para você anônimo das 12:29.
ResponderExcluirAnálise sensata e correta para você anônimo das 12:29.
ResponderExcluir12:29:00
ResponderExcluirÉ comum se vêr comentaristas políticos criticando este ou aquele governo com pontos-de-vista mais ou menos restritos, a exemplo da fábula "O Elefante e os Cinco Cegos de Jericó". Mas mesmo assim considero democraticamente correto.
Eu nunca fui absolutamente contrário ou a favor deste ou daquele governo. Pratico a minha cidadania criticando ou elogiando segundo a minha consciência. Penso principalmente no tempo de vida de um ser humano e às vezes no tempo útil para aproveitar isto ou aquilo.
Me preocupa vêr uma falange de traficantes perigosos corrompendo a nossa juventude - principalmente a mais pobre, sem que estes senhores que estão no poder executivo, legislativo e judiciário estadual e municipal dêem o mínimo interesse ao caso; parece que a prescrição é ordinária e se resume a duas pílulas: "Éder e Neil".
O problema das drogas é por demais cruel, pois na ausência dos poderes públicos, seduz o jovem despreparado para a vida com a imediata saciedade de bens de consumo, sem passar por todo um longo processo educacional e laborativo, para depois torná-lo um marginal endividado e sem saída, cuja finalização é quase sempre violenta e covarde.
Deploro a frase feita preferida de Simão Jatene, de que "só entendo de economia"; acho isso um escapismo para se autoconvencer de que a solução dos problemas estaduais reside unicamente em desenvolver infraestrutura e potencial produtivo, beneficiando principalmente os ricos empresários, enquanto joga nas costas de terceiros questões sociais delicadas e o sucateamento da educação e saúde pública.
Ana Júlia em seus quatro anos só demonstrou para todas as dúvidas, que o PT é um partido como os outros, onde impera a politicagem, a corrupção, os desmandos, o mais inequívoco descaso com a saúde e educação públicas.
Prá mim não foram 12 ou 4, foram 16 anos de ausência do poder público.
Quero agradecer os comentários postados pelos ilustres leitores e frequentadores do blog do dep. Parsifal. Entretanto, quero fazer um pequeno reparo em torno do comentário do Valente. Primeiro, qto a minha tendência ideológica: sou filiado ao PCdoB há pouco mais de duas décadas, logo... Mas isso não pode ser compreendido como uma guinada para a esquerda petista, muito pelo contrário... Estou certo, também, que Ana e o PT se constituíram no mais lamentável equívoco para a história recente do Pará e, por isso mesmo, me posicionei firme e forte contra o PT e seus "luas pretas". Quanto ao PSDB, não sou de todo "cego" para críticá-los sem serenidade. Porém, não os vejo como supra-sumo da pós-modernidade qdo a matéria é política. Tiveram lá seus momentos auspiciosos, mas padecem dos mesmos vícios e maquiavelismos que marcam a senda político-partidária no Brasil e, sobretudo, no Pará. É o que penso!
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